Telefónica eleva participação em subsidiária na Alemanha para 93,1%

Companhia, que detinha 71,81% das ações da unidade, desembolsou 1,48 bilhão de euros na operação; plano inicial previa adquirir o controle total do braço alemão
Telefónica aumenta participação acionária em subsidiária na Alemanha
Telefónica aumenta participação e se aproxima do controle total da subsidiária na Alemanha (crédito: Divulgação)

O Grupo Telefónica, dono da marca Vivo no Brasil, elevou a sua participação acionária em sua subsidiária na Alemanha para 93,1%. Na operação, anunciada em novembro do ano passado, a multinacional espanhola desembolsou 1,48 bilhão de euros (aproximadamente R$ 7,95 bilhões).

Na prática, a operadora aumentou a sua participação na Telefónica Alemanha de 71,81% para 93,1%. Inicialmente, o plano da companhia previa adquirir o controle total da subsidiária. A oferta foi encerrada na quarta-feira passada, dia 17 de janeiro, e a liquidação do negócio deve ocorrer na próxima sexta-feira, 26. A operação não precisa passar por aprovação regulatória.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, 22, a Telefónica informou que a oferta foi aceita por acionistas detentores de 7,86% das ações da unidade alemã.

Além disso, desde o anúncio da oferta, a companhia adquiriu, por fora da operação, aproximadamente 13,43% do capital social e dos direitos de voto da Telefónica Alemanha, incluindo a liquidação de instrumentos financeiros que permitiam que a multinacional adquirisse cerca de 1,32% do capital social da subsidiária.

No ano passado, quando anunciou a operação, a Telefónica justificou o movimento dizendo que possuir o controle total do braço alemão faz parte de sua estratégia de direcionar esforços para os seus principais mercados, os quais incluem, além da Alemanha, a Espanha, o Reino Unido e o Brasil. A empresa também afirmou que a oferta pública tinha o objetivo de simplificar a estrutura do grupo de telecomunicações.

Ainda de acordo com o comunicado divulgado em 2023, a tele planeja reformular a política de distribuição de dividendos aos acionistas da unidade alemã.

Outro movimento importante relacionado ao controle da Telefónica ocorreu no ano passado. Em dezembro, o governo da Espanha anunciou a decisão de comprar até 10% do capital social da holding, citando a necessidade de “salvaguarda das capacidades estratégicas” da operadora.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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