Telefônica apresenta critérios para troca de concessão por investimento em banda larga
Com estudos que indicam que sua concessão de telefonia fixa no estado de São Paulo vai apresentar fluxo de caixa negativo já em 2018 e Ebitda negativo em 2020, a Telefônica não tem dúvidas de que já passou da hora de o país acabar com esse modelo de operação desse tipo de serviço. De acordo com Camila Tápias, diretora de Assuntos Regulatórios da empresa, ela entende que é possível apoiar o PL 3453/2915, em tramitação na Câmara dos Deputados, que faz alterações no marco regulatório das telecomunicações, entre elas, transforma as concessões de STFC em autorizações. E ao fazer essa transformação, troca os bens reversíveis remanescentes e obrigações restantes em investimento “em redes de alta capacidade em área sem competição adequada”.
Mesmo entendendo que é possível chegar a um consenso em torno do PL que venha a atender os interesses dos congressistas, do governo e das operadoras, Camila disse, durante o debate sobre “A Revisão do Modelo de Telecom”, no 45 Encontro Tele.Síntese, realizado hoje em Brasília, que são três as preocupações básicas da empresa para que o futuro modelo venha a ser bem sucedido:
1) O critério de cálculo do valor a ser implementado, como vem anunciando representante do governo, do valor presente da concessão versus o valor presente da autorização tem que ser justo;
2) O plano de investimento tem que ser exequível, ou seja, tem que considerar a demanda para ser sustentável;
3) As áreas pobres, onde não há retorno financeiro, terão que ser atendidas com recursos de fundos setoriais; não se pode pensar em atendê-las com recursos do saldo da troca de investimentos da concessão na autorização.