Telefone fixo recua para números do final dos anos 90
Dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na última semana mostram que havia 27,5 milhões de acessos de telefonia fixa no Brasil até julho deste ano. A última vez que o país atingiu este número foi entre 1999 e 2000.
Considerando a densidade do serviço, há 22 anos, cerca de 17% da população era usuária de telefone fixo. Já neste ano, quando o Brasil soma 215 milhões de habitantes conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual é ainda menor, de 13%.
Apesar da redução, houve aumento do serviço de telefonia fixa contratado por empresas desde o início do ano passado, enquanto a queda é acentuada entre pessoas físicas (saiba mais abaixo).
De acordo com os dados da Anatel, o pico de usuários de telefone fixo ocorreu em 2014, quando atingiu 44,1 milhões de usuários. Desde então, o número reduz a cada ano. A maior queda ocorreu entre 2018 e 2019, quando o recuo foi de 4 milhões de acessos– de janeiro a julho deste ano a queda foi de 784 mil.
Alta entre empresas
A maior parte das quedas no uso de telefonia fixa ocorre entre pessoas físicas, passando de 18,8 milhões de acessos em janeiro de 2021 (início da série histórica para este dado) para 15,6 milhões em julho deste ano.
Já o consumo entre empresas cresceu, passando de 11,6 milhões de números ativos em janeiro do ano passado para 12,2 milhões em julho deste ano.
Os números de 2022 marcam a mudança da telefonia também no tipo de outorga. A quantidade de operadoras que prestam o serviço por autorização cresce desde 2007, mas chegou a 2021 dividindo o espaço, praticamente, de igual para igual com as concessões. No entanto, desde janeiro deste ano, as autorizações se mantêm em maioria, chegando em julho com 51,8% do total.
A Claro lidera o ranking de acessos de telefonia fixa, com 8,3 milhões. Em seguida, aparece a Oi, com 8,1 milhões e a Vivo, com 7 milhões.
Telefone móvel
Ainda em junho deste ano, os chips ativos de telefonia móvel somaram 260,2 milhões no país, uma alta de 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O crescimento no registro de novos números de celular ocorre tanto para pessoas físicas (8 milhões a mais entre julho de 2021 e 2022) quanto para jurídicas (5,3 milhões a mais).
No serviço móvel, a Vivo lidera com 99,4 milhões de acessos. Em segundo, está Claro, com 85,9 milhões de chips ativos. Em seguida, a Tim, com 68,9 milhões.