Telebras investe só 41% dos recursos autorizados em 2016

As estatais brasileiras investiram no ano passado R$ 56,4 bilhões, ou 74% dos recursos autorizados. Mas Telebras, Correios e Finep, vinculados ao MCTIC, tiveram um desempenho bem inferior à média nacional. A Telebras investiu apenas 40,7% de seu orçamento; os Correios, 38,7% e a Finep, 55,5%

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O Ministério do Planejamento divulgou hoje, 31, a execução orçamentária das estatais do ano passado. No total, as estatais brasileiras investiram R$ 56,4 bilhões, 74% da dotação que havia sido autorizada pelo Orçamento da União. Mas o desempenho das empresas vinculadas ao extinto Ministério das Comunicações e mesmo da agência que financia a inovação tecnológica, vinculada ao MCTIC, foram bem inferior à taxa média das demais corporações.

Conforme o relatório do governo, a Telebras, que tinha um orçamento de R$ 778,663 milhões para aplicar em seus projetos estratégicos, investiu no ano passado apenas 40,7% desse total, ou R$ 317,813 milhões.

A estatal tem o lançamento de satélite previsto para março, mas ainda não concluiu a licitação para as estações terrenas. Comenta-se no mercado que a EMC, empresa que ganhou a primeira licitação, que depois foi anulada, por determinação do TCU,  ganhou novamente o certame. Mas a Telebras estaria tentando desclassificar essa empresa, informam fontes do setor, porque a atual diretoria da estatal entende que ela não teria capacitação técnica para entregar os gateways prometidos.

ECT

Os Correios também tiveram um desempenho bem inferior ao que poderiam ter feito. Dos R$ 800 milhões destinados pelo Congresso Nacional,  a empresa gastou apenas 38,7% ou R$ 309, 485 milhões. A nova gestão, sob a batuta do ministro Gilberto Kassab, cancelou o serviço de Sedex pela internet (o e-Sedex) e está realizando um grande enxugamento de pessoal, com um PDV, e reduzindo o número de suas agências.

Finep

A Finep – Financiadora de Estudos de Projetos – braço importante no apoio à inovação e desenvolvimento tecnológico brasileiro -, por sua vez, investiu 55,5% dos recursos a ela destinados. Ostentando um volumoso orçamento de R$ 4,741 bilhões, só gastou R$ 2,630 bilhões

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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