Telcomp vê oportunidade em reboot da Aneel, mas cobra pressa

Para presidente da Telcomp, decisão da Aneel permite preencher lacunas que existiam na proposta de regulação conjunta, como as que diziam respeito à governança do posteiro

O presidente executivo da Telcomp, Luiz Henrique Barbosa, avalia que a decisão da Aneel de dar um reboot no processo de compartilhamento de postes nesta manhã, abre uma janela de oportunidade para aperfeiçoar um texto que tinha muitas lacunas. Mas, pondera, a agência precisa ter pressa, pois o tema é urgente e é preciso lidar com a ocupação desordenada dos postes.

“Tínhamos a leitura de que o regulamento já votado pela Anatel estava em linha com o decreto 12.068. Por outro lado, já tínhamos sinalizado preocupação com a governança do posteiro, como se daria o leilão dos ativos para exploração, quais preços seriam definidos, e como seria a agenda de limpeza dos postes ocupados desordenadamente”, pontua em conversa ao Tele.Síntese.

Diante dessas lacunas, avalia o presidente da Telcomp, a Aneel abre uma oportunidade para rever com mais cuidado o texto e não deixar ponto solto.

“Havia uma série de situações que, entendemos, estavam em aberto e, mesmo com uma aprovação, iam demandar manifestação conjunta depois da Aneel e da Anatel. Como estava, o regulamento era muito incompleto. Por exemplo, para atrair um posteiro, tem que botar em pé um business plan para um contrato de 20 anos, estimar payback, os riscos para limpeza”, diz.

A seu ver, a votação de hoje não joga fora o trabalho realizado entre as agências nos últimos anos. Pode ser um ponto de partida para acelerar a nova tramitação. “Existe uma responsabilidade objetiva das agências, pois há muito tempo os postes estão sujos. Então tem que ter celeridade. O tema é urgente, respeitamos a decisão, mas tem que ter urgência para retomar”, cobra.

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Rafael Bucco

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