TCU recomenda reforço nas pesquisas de preços e catálogos do governo para TIC

Unidade de Auditoria Especializada em Tecnologia da Informação do TCU vê risco de sobrepreço por fragilidades no planejamento das compras.
TCU recomenda reforço nas pesquisas de preços e catálogos do governo para TIC
Auditoria sobre aquisições de bens de TIC foi relatada pelo ministro Jorge Oliveira | Foto: TCU/Divulgação

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira, 17, uma série de recomendações para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) que visam o reforço das pesquisas de preços  e catálogos para as aquisições públicas de bens e serviços na área de tecnologia da informação e comunicação (TIC). Auditoria do órgão identificou risco de superfaturamento.

A orientação é direcionada à Secretaria de Governo Digital (SGD) e à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), ambas vinculadas ao MGI, para “exigir que os licitantes informem todos os componentes das soluções de TIC ofertadas, assim como a marca e o fabricante dos produtos constantes de sua proposta comercial”.

A falta de informações adequadas consta em amostra de contratos analisados pelas Unidade de Auditoria Especializada em Tecnologia da Informação (AudTI) do TCU,  que abrangem “soluções e softwares corriqueiros, mas também outros mais complexos, como switches, firewalls, soluções de hiperconvergência, de armazenamento e de segurança”.

“A assimetria de informações existente entre a administração pública e os fornecedores adiciona dificuldade à elaboração da estimativa de preços. Neste contexto, verificaram-se contratações de soluções semelhantes, porém com preços significativamente divergentes”, consta no relatório.

Catálogo

A Secretaria de Governo Digital dispõe de “Catálogos de Soluções de TIC com Condições Padronizadas”, que são elaborados a partir da identificação das soluções de TIC de uso mais difundido no âmbito da Administração Pública Federal, considerando-se a materialidade das contratações dessas soluções. Eles estabelecem critérios, inclundo os Preços Máximos de Compra de Item de TIC, conforme os valores praticados nas compras públicas.

O relatório observa que os catálogos são elaborados por meio de processo de negociação com o fabricante da solução ou publicados unilateralmente pela Secretaria, a partir de dados oriundos de contratações feitas no âmbito do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp), pesquisas de mercado e outros elementos.

A investigação aponta que apenas oito fabricantes de software são abrangidos atualmente pelos catálogos da Secretaria de Governo Digital. “Fossem os catálogos mais numerosos e mais abrangentes, grande proporção das contratações públicas de soluções de TIC poderiam se beneficiar e mitigar a assimetria de informações”, diz trecho.

Com isso,  o TCU recomenda que o governo “amplie os acordos abrangidos pelos Catálogos de Soluções de TIC com Condições Padronizadas para licenciamento de software, adotando como referenciais preços internacionais, quando pertinente”. Acesse a íntegra do acórdão neste link.

Com informações do TCU*

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Da Redação

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