Taxa de Retração Industrial mostra que empresas brasileiras mantêm portfólio de produtos
A Taxa de Retração Industrial, medida pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, demonstra que nos últimos 12 meses as empresas brasileiras deixaram de encerrar itens de seus portfólios de produtos em 8,5%. O estudo divide os resultados em números de Total Brasil e MPE (Micro e Pequenas Empresas). Nessa última categoria também foi registrada permanência de itens no portfólio. As MPEs deixaram de acabar com eles em 1,4%.
A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil explica que a Taxa de Retração Industrial foi criada com base no número de empresas que encerram seu portfólio de produtos e concebida com a finalidade de aferir e identificar tendências no encerramento de atividades empresariais no Brasil. Esse indicador “é um levantamento estatístico que gera informações úteis ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, constituindo-se em importante ferramenta para a tomada de decisões nos âmbitos público e privado”, segundo a entidade.
A associação reforça que o estudo “é útil para análises econômicas realizadas no meio acadêmico, em consultorias e em organizações públicas”.
Devido à sua abrangência e com o intuito de manter a confidencialidade e proteger a identidade das empresas, sua publicação ocorre por meio de um número índice, calculado com base média 2012 = 100. São publicados os números Total Brasil e a abertura para Micro e Pequenas Empresas (MPE). O indicador possui poder explicativo direto com significância estatística. A série histórica da Taxa de Retração Industrial inicia-se em janeiro de 2013.
Produção em queda
Ao mesmo tempo em que há permanência de produtos no portfólio, em 2022, houve queda na produção industrial, no ano passado. Foi o que mostrou pesquisa divulgada em dezembro pelo IBGE. Na ocasião, a produção industrial havia apresentado queda de 0,6% na passagem de setembro para outubro, quinto resultado negativo consecutivo, acumulando, naquele período, perda de 3,7%.
No ano passado, na época, a indústria acumulava alta de 5,7% e, em 12 meses, também de 5,7%. Em agosto de 2022, a PIM (Pesquisa Industrial mensal), do IBGE, a mais recente, indicou o mesmo índice de queda de dezembro para a indústria geral: 0,6.