Tanure acusa grupo de bondholders da Oi de ser formado por “laranjas”
O tom do entrevero entre os acionistas da Oi e os credores da operadora ganha intensidade a cada dia, já próximo de um bate-boca. O investidor Nelson Tanure, sócio da tele por meio do fundo Société Mondiale, respondeu às críticas feitas por um grupo de credores europeus. O grupo chega a dizer que prefere a falência da operadora à atual proposta de recuperação.
Em nota ao Tele.Síntese, Tanure considera o posicionamento desses bondholders “irresponsável” e denota falta de preocupação com clientes, empregados, escolas e hospitais atendidos pela Oi. Segundo ele, estes credores querem “obter um lucro exagerado e indevido com papéis comprados com um desconto de 90% sobre o seu valor de face”.
Acusa, ainda, o grupo European Bondholders de ser constituído por laranjas: “Será que existe mesmo esse grupo de “European Bondholders” formado por famílias europeias? Ou seriam eles laranjas que, segundo informações, possuem menos de R$ 1 milhão em bonds e que têm por detrás um escritório de advocacia europeu cujo nome sabemos, este sim financiado pelos grandes fundos abutres com o objetivo único de se beneficiar?”, infere.
Reclama que o documento com as críticas nunca chegou ao Société Mondiale. E antecipa que a Oi trabalha em plano que poderá beneficiar donos de títulos de varejo na Europa. “Para os famosos retailbonds – cuja grande maioria está em Portugal e não faz parte desse pseudo grupo que escreveu ao Tele.Síntese – a companhia está estudando dar um tratamento especial a eles”, conclui.