Startups reduzem gastos para sobreviver à queda nos investimentos

Segundo estudo do fundo Atlantico, a redução dos gastos foca na interrupção de contratações, no corte de ações de marketing e demissões.
Startups reduzem gastos para sobreviver à queda nos investimentos - Crédito: Freepik
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Fundadores de unicórnios brasileiros, startups avaliadas acima de US$ 1 bilhão, acreditam que a maioria das startups ajustará seus negócios para reduzir os gastos em meio a uma queda no investimento de capital de risco, segundo uma pesquisa do fundo de capital de risco Atlântico.

As startups latino-americanas captaram mais de US$ 5 bilhões em investimentos no primeiro semestre de 2022, de acordo com dados da Lavca (Associação de Investimento em Capital Privado na América Latina). No mesmo período do ano passado, no entanto, foram registrados investimentos de US$ 15,8 bilhões. A queda entre os dois períodos é de 68%.

De acordo com o estudo do Atlântico, os fundadores do unicórnio concordam que seus pares terão que se ajustar para reduzir os gastos – 37% dizem que suas próprias empresas farão isso e 50% acham que isso acontecerá com seus pares. Embora apenas 5% dos fundadores pensem que sua própria empresa pode ter que fechar ou acabar em liquidação, 33% deles acham que isso acontecerá com seus pares.

As medidas mais comuns para reduzir os gastos do caixa da empresa são congelamento de contratações, redução de despesas de marketing e demissões, mostrou a pesquisa. Cerca de 80% das startups que demitiram funcionários reduziram seu número de funcionários em 10% ou menos.

Embora levantar capital seja mais difícil, a América Latina ainda apresenta boas oportunidades, disse o sócio-gerente da Atlântico, Julio Vasconcellos, à Reuters.

Segundo o novo relatório anual de tendências digitais do Atlântico, o índice de penetração de empresas de tecnologia na economia ainda é baixo, de 3% no Brasil, uma ordem de grandeza menor do que em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde esse número supera os 50%, ou na China, aonde chega a 20%.

A penetração da Internet nos países da América Latina aumentou com a pandemia, chegando a 78%, e agora está acima dos 69% da China e mais próxima dos níveis dos países desenvolvidos. Os Estados Unidos têm 92% de penetração.

Apesar da queda nos preços das ações de tecnologia nos mercados desenvolvidos, os investidores estão otimistas sobre os lucros potenciais com empresas de tecnologia na América Latina, acrescentou Vasconcellos.

(com informações da Reuters)

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Redação DMI

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