Simulação de riscos climáticos entra na carteira bancária, diz SAS

Os riscos climáticos devem impactar diretamente no desenvolvimento econômico dos países, afirma Renato Fiorini, head de riscos do SAS América Latina.
Renato Fiorini - Head de risco - SAS América Latina | Credito: 5x5 TEC Summit
Renato Fiorini – Head de risco – SAS América Latina | Credito: 5×5 TEC Summit

Os riscos climáticos poderiam impactar as instituições financeiras? Quem responde é Renato Fiorini, head de riscos do SAS América Latina: “Os principais tomadores de decisão do mundo já avaliaram que os riscos climáticos devem impactar diretamente no desenvolvimento econômico dos países. As nações mais ricas terão uma queda de até 3 pontos percentuais nos seus ratings de crédito nos próximos 80 anos por conta disso. Eventos extremos do clima – como tempestades, furacões, queimadas etc – custaram ao mundo US$ 140 bilhões só em 2020. Serão necessários investimentos globais de US$ 6 trilhões por ano para esta questão”, apontou Fiorini, em sua exposição durante o evento online 5X5 Tec Summit, nesta quinta-feira, 9.

Como os investimentos são direcionados pelo mercado financeiro, o SAS realiza simulações de riscos climáticos para ajudar na tomada de decisões do segmento, levando em conta diversas variáveis. “Primeiro, coletamos os dados. Temos modelos de IA que tratam esses dados, encontram correlações causais. Depois, validamos modelos e fazemos sua gestão. A partir daí, fazemos simulações”, explicou.

Da mesma forma que se faz com os riscos tradicionais, a ideia é que o mercado faça simulações de diferentes políticas que o governo poderá adotar diante dos diferentes cenários, analisando como isso impacta o portfólio de produtos financeiros de uma instituição e quais as estratégias a se tomar a partir daí. “Existem uma série de incertezas sobre a intensidade e a celeridade destes eventos climáticos. Pretendemos prover o mercado com ferramentas para sua tomada de decisões”, concluiu.

5×5 Tec Summit

O evento 5×5 Tec Summit é organizado pelos portais jornalísticos especializados Convergência Digital, Mobile Time, Tele.Síntese, Teletime e TI Inside, com a proposta de debater a modernização de cinco setores essenciais para a economia brasileira: governo, saúde, energia, finanças e entretenimento. Nesta sexta-feira, 10, o assunto a ser abordado é o entretenimento, finalizando o ciclo de debates.

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Da Redação

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