SES relata problemas em satélites e adia operação da constelação O3b mPOWER

Serviço comercial de banda larga foi postergado para o segundo trimestre de 2024; constelação deve ganhar dois satélites adicionais, totalizando 13, para mitigar as falhas operacionais dos equipamentos em órbita
SES identifica problemas nos satélites da constelação O3b mPOWER e adia planos comerciais para 2024
Vista aérea da sede da SES, em Betzdorf, Luxemburgo; problemas nos satélites O3b mPOWER adiam planos da empresa (crédito: Divulgação/SES)

A operadora de satélites SES informou que identificou falhas operacionais nos artefatos da constelação O3b mPOWER em órbita e, com isso, o lançamento do serviço de banda larga foi adiado novamente. Agora, a previsão é de que os planos comerciais voltados ao mercado B2B sejam lançados no segundo trimestre de 2024.

Até o momento, quatro satélites da constelação de média orbita terrestre (MEO, na sigla em inglês) já estão no espaço sideral. Com seis, a operadora consegue dar início ao serviço global de conectividade.

No entanto, os equipamentos 5 e 6, previstos inicialmente para serem lançados em junho e adiados para setembro, foram postergados para o início de novembro, conforme informações compartilhadas no balanço financeiro do terceiro trimestre da companhia com sede em Luxemburgo.

Segundo a empresa, “nos últimos meses, um número crescente de desligamentos esporádicos de módulos de energia foi observado durante as operações da O3b mPOWER no espaço, incluindo alguns eventos não recuperáveis”.

Além disso, a SES destacou que “a vida operacional prevista e a capacidade disponível dos satélites O3b mPOWER iniciais serão significativamente menores do que o esperado anteriormente”.

Plano de mitigação das falhas

Em comunicado, a operadora apontou que conta com “compromissos firmes da Boeing”, a fabricante dos artefatos, para pôr em prática um plano que seja capaz de fornecer as capacidades completas do ciclo de vida da constelação.

A companhia sinalizou que os cinco satélites ainda não fabricados (os de número 7 a 11) terão suas configurações atualizadas. Além disso, a constelação deve receber dois equipamentos adicionais, totalizando 13 satélites, em vez de 11, como inicialmente planejada.

“Espera-se que o investimento adicional associado a este plano seja totalmente coberto pelo envelope de CapEx já comprometido pela SES, incluindo concessões a fornecedores”, informou a empresa.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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