Servidores do BC aprovam greve a partir de 1º de abril

A categoria já estava adotando operação padrão, com paradas diárias em horários específicos, tem como principal reivindicação reajustes salariais e reestruturação de carreira.
Servidores do BC aprovam greve a partir de 1º de abril - Crédito: Flickr BC
Sede do Banco Central em Brasília – Crédito: Flickr BC

Os servidores do Banco Central (BC) aprovaram em assembleia nesta segunda-feira,28, o início de uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 1º de abril, segundo Fábio Faiad, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad.

A categoria, que já estava adotando operação padrão, com paradas diárias em horários específicos, tem como principal reivindicação reajustes salariais e reestruturação de carreira.

A adoção da greve foi apoiada por mais de 90% dos participantes da assembleia realizada na tarde desta segunda, que reuniu 1.200 pessoas, conforme Faiad. No encontro, também foi discutida uma entrega coletiva de cargos de chefia. O Banco Central não comentou de imediato a decisão anunciada pelo sindicato.

Na sexta-feira, Roberto Campos Neto, presidente do BC declarou respeito ao direito de manifestação dos servidores, mas afirmou que os funcionários têm “senso de responsabilidade” e que o órgão possui um esquema de contingência caso “algo mais severo aconteça”.

De acordo com a Reuters, nesta segunda, Campos Neto faria uma viagem para o Paraná, onde participaria de um evento. No domingo, no entanto, o BC informou o cancelamento da agenda, justificando que ele permaneceria em Brasília para tratar de temas governamentais.

Desde a última semana, o Banco Central vem adiando a divulgação de indicadores e estatísticas. Nesta segunda, foram postergadas as publicações de estatísticas relativas ao mês de fevereiro do setor externo, crédito e resultado fiscal. A divulgação da taxa Ptax, uma média das cotações de câmbio ao longo do pregão, já sofreu atrasos por causa da mobilização dos servidores.

A autoridade monetária não informou as razões da mudança, mas o sindicato atribui os entraves ao movimento dos servidores.

Segundo Faiad, representantes da categoria se reuniram no sábado com Campos Neto, mas não houve proposta formal de reajuste ou reestruturação de carreiras.

(Com Reuters)

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Redação DMI

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