Serviço O3b mPOWER começa no início do 2º trimestre, indica SES

Após adiamentos, constelação de média órbita entrará em operação com seis satélites no espaço; equipamentos 7 e 8 devem ser lançados no fim deste ano
Serviço de banda larga da O3b mPOWER será lançado no início do 2º trimestre, diz SES
Serviço de banda larga da segunda geração de satélites O3b chega no início do segundo trimestre (crédito: Divulgação/SES)

A operadora de satélites SES informou que o serviço de banda larga da constelação O3b mPOWER será lançado no início do segundo trimestre deste ano. A confirmação consta no balanço financeiro referente aos resultados do ano de 2023, divulgado nesta quinta-feira, 29.

Inicialmente previsto para o terceiro trimestre do ano passado, a ativação do serviço foi adiada algumas vezes em função de falhas nos módulos de energia dos quatro primeiros artefatos lançados à órbita média da Terra (MEO, na sigla em inglês). Até o momento, seis satélites já estão no espaço, o que permite que a companhia dê início às operações comerciais. Ao todo, a constelação será composta por 13 equipamentos.

No informe financeiro, a SES indica que os satélites 7 e 8 devem ser lançados ao espaço no fim de 2024. A previsão para os artefatos 9 e 10 é 2025. Os dois últimos ficam para o ano seguinte.

Após relatar os problemas nos equipamentos, a empresa com sede em Luxemburgo informou, ainda no ano passado, a previsão de que o serviço comercial de banda larga fosse ativado no segundo trimestre deste ano, mas sem apontar uma janela de lançamento.

A O3b mPOWER é a segunda geração de satélites MEO da SES. A constelação deve fornecer conectividade global de múltiplos gigabits por segundo. Com o serviço, a empresa tem a expectativa de ampliar significativamente o seu mercado em todo o mundo.

No balanço, a SES destacou que já está conversando com as seguradoras para reivindicar as compensações referentes às falhas nos quatro primeiros satélites. O benefício a ser recebido é de US$ 472 milhões (aproximadamente R$ 2,3 bilhões).

Resultados financeiros

Em 2023, as receitas da SES somaram 2,03 bilhões de euros (R$ 10,7 bilhões), avançando 0,8%, em moedas comparáveis. Puxada por serviços para cruzeiros e governos, a receita de redes foi o destaque, com alta de 6,1%. Por outro lado, o faturamento da divisão de vídeo caiu 4,4%, com quedas em mercados maduros da Europa e da América do Norte.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado totalizou 1,02 bilhão de euros (R$ 5,48 bilhões), baixa de 6,3% em relação ao ano anterior. A margem foi de 50%.

Por fim, o lucro líquido ajustado ficou em 215 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão), resultado inferior ao apurado em 2022 (300 milhões de euros, ou R$ 1,6 bilhão).

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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