Senado aprova dois diretores do BC e presidente da CVM
O Senado aprova dois novos nomes para a direção do Banco Central e o nome para a presidência da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Os senadores estão em esforço concentrado, deliberando sobre mais de 60 nomes indicados pelo governo de Jair Bolsonaro que estavam represados e que devem completar os quadros das agências reguladoras, dos conselhos de justiça e dos reguladores do mercado financeiro, além do órgão de defesa da concorrência.
Foram aprovadas a indicação de Diogo Abry Guillen e de Renato Dias de Brito Gomes para exercerem cargos de diretores do Banco Central , após sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realizada ontem, 5.
Também foi aprovado o nome de João Pedro do Nascimento para o cargo de presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
Cade
Também foi aprovada a indicação de Juliana Oliveira Domingues para o cargo de procuradora-chefe da Procuradoria Federal Especializada junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O que disseram os novos diretores do BC:
Diogo Guillen defendeu a autonomia e a política de câmbio.
— Com relação à autonomia, a literatura acadêmica mostra que desvincular o ciclo de política monetária do ciclo político é benéfico. Especificamente sobre o câmbio, ressalto que o câmbio flutuante é a primeira linha de defesa para choques internacionais ou choques idiossincráticos brasileiros, e eu defendo essa condução — afirmou durante sabatina de ontem.
Renato Gomes disse que o Brasil se encontra em um momento de recuperação, após a crise provocada pela pandemia de coronavírus.
— O setor de pagamentos atraiu a atenção dos brasileiros com lançamento do Pix, capitaneado pelo Banco Central. Essa iniciativa gerou enormes ganhos de eficiência e inclusão financeira. E deve continuar gerando, provavelmente reduzindo em muitos percentuais do produto interno bruto o custo agregado de se realizar e receber pagamentos no Brasil. Efeito similar se espera o open banking, ou sistema financeiro aberto, no qual cada cliente pode escolher, entre várias instituições financeiras, a oferta de crédito mais vantajosa — afirmou.