Senacon investiga o app Zoom por falhas na segurança

App terá que esclarecer sobre compartilhamento de dados de usuários com o Facebook

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, abriu investigação contra o aplicativo Zoom. A empresa foi notificada, na segunda-feira, 6, pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) para esclarecer dúvidas sobre o compartilhamento de dados de usuários do aplicativo com o Facebook, especialmente no que se refere à versão para o sistema iOS.

A Senacon cita notícia que foi publicada,  que relata: “O que a empresa e sua política de privacidade não deixam claro é que a versão iOS do aplicativo Zoom está enviando alguns dados de análise para o Facebook, mesmo que os usuários do Zoom não tenham uma conta no Facebook, de acordo com uma análise do aplicativo na placa-mãe”.

Na notificação, o DPDC questiona a política de privacidade e a existência ou não de consentimento dos usuários em relação ao compartilhamento de dados. A investigação procura entender se a Zoom notifica o Facebook quando o usuário abre o aplicativo, assim como detalhes criados pelo dispositivo para direcionar anúncios para os usuários.  A notificação também questionou informações sobre a política de privacidade para poder concluir sobre a potencial violação de direitos dos consumidores com base na legislação brasileira.

Dentre os esclarecimentos a serem prestados pelo Zoom, sobre o compartilhamento de dados, estão: desde quando e por quais motivos realiza o compartilhamento; quem são as pessoas que têm seus dados compartilhados; em qual ou quais versões do aplicativo e em quais sistemas operacionais há o compartilhamento. Também foi questionado se o compartilhamento de dados do usuário ocorre independentemente de se ter conta no Facebook ou em outro aplicativo e a base legal para a realização da coleta do tratamento de dados ora noticiado.

A empresa tem o prazo de 10 dias para responder as 19 perguntas. Caso o Zoom não responda no prazo estipulado ou haja mais indícios de violação de direitos dos consumidores, o MJSP poderá instaurar processo administrativo, que eventualmente poderá resultar na imposição de multa.(Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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