RNP e CPQD terão R$ 32,4 milhões para pesquisar redes Open RAN

MCTI vai repassar o valor para o desenvolvimento de software dentro do Programa OpenRAN @Brasil
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Pesquisa do Comitê Gestor da Internet e Nic.Br Crédito: Freepik

A Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) assinou acordo de cooperação técnica com a Associação Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) para pesquisa em redes móveis desagregadas, conhecidas como Open RAN.

O projeto prevê o desenvolvimento de software para estas redes dentro do Programa OpenRAN @Brasil. Ao todo, prevê-se repasse às entidades de R$ 32,49 milhões. O acordo de cooperação foi assinado entre as partes em 26 de novembro e tem validade até 26 de novembro de 2023.

“O projeto envolve a pesquisa e desenvolvimento de partes de uma rede OpenRAN 5G”, esclarece Gustavo Correa Lima, gerente de Soluções de Comunicação sem Fio do CPQD. “Isso inclui o controle inteligente de redes de acesso (RIC, na sigla em inglês) e suas aplicações, toda a orquestração e gerenciamento da rede (Service Management and Orchestration, ou SMO) e, ainda, o controle inteligente de outros segmentos da rede, como o transporte óptico no backhaul, midhaul e fronthaul. Além disso, o projeto também vai explorar a capacidade de uma rede 5G suportar aplicações avançadas que exigem baixa latência, elevada confiabilidade e altas taxas de dados”, acrescenta.

Lançado em agosto de 2021, o Programa OpenRAN Brasil está dividido em três fases. A primeira será focada no controle e orquestração tanto dos recursos ópticos, IP e de rádio quanto dos recursos de nuvem necessários ao funcionamento fim-a-fim de uma rede 5G. Com 36 meses de vigência (até novembro de 2023), o projeto receberá recursos da Lei de Informática e prevê a aplicação dos R$ 32,4 milhões em recursos orçamentários.

Além disso, a primeira fase envolve a construção de uma plataforma de demonstração e experimentação, distribuída em duas localidades (Rio de Janeiro e Campinas), contendo todos os componentes de uma rede 5G composta por equipamentos abertos e desagregados e controlada por uma pilha de software aberto. As segunda e terceira fases estão em fase de modelagem e captação.

“Nosso objetivo é apoiar o desenvolvimento do 5G no Brasil de forma segura, e com alta disponibilidade e desempenho para uso na educação, pesquisa e inovação, e esse acordo vem ao encontro desse propósito. A execução de um Programa como o OpenRAN é um passo muito importante para a democratização do acesso a essa tecnologia no nosso país, beneficiando tanto pessoas quanto empresas no uso e desenvolvimento dessa tecnologia”, finaliza Iara Machado, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da RNP.

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Rafael Bucco

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