Rastreabilidade das árvores da Amazônia está na pauta do grupo de Inovação do G20

O GT de Pesquisa e Inovação do G20 tem, entre seus objetivos, avançar no acesso e na transferência de tecnologia para países do Sul Global.

A rastreabilidade das árvores da Amazônia deverá ser um dos programas apresentados pela delegação brasileira, que integra o grupo de trabalho de Pesquisa e Inovação do G20, e cujo objetivo é o de “avançar no  acesso e na transferência de tecnologia para países do Sul Global, reduzir desigualdades e promover o desenvolvimento econômico inclusivo, justo e sustentável”. 

A primeira reunião do GT foi realizada ontem, e, conforme Márcia Barbosa, secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, ao final dos trabalhos, em setembro, o objetivo do grupo é apresentar iniciativas concretas. Entre essas iniciativas, estará a implementação programas de C&T para a “floresta em pé”. E, para a atração e ampliação de recursos externos para o Fundo Amazônia, Márcia aponta que uma das ideias é difundir tecnologias capazes de promover a rastreabilidade das árvores da floresta.

” Já pensou uma pessoa poder acompanhar o desenvolvimento daquela árvore? Dos pássaros que por lá pousam, do que acontece em volta?”, disse ela, empolgada com a ideia. Segundo a secretária, esse equipamento capaz de catalogar as plantas já foi desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá (que fica no município de Tefé, no interior do Amazonas).

Ela reconhece que hoje, para se ter acesso à informação desse aparelho desenvolvido pelo instituto vinculado ao MCTI é preciso ir a Tefé, o que, admite, limita imensamente o seu uso, além desse produto sequer ter ainda uma linha de produção e montagem. E também, é claro, será preciso algum tipo de conectividade para que a informação sobre aquela árvore possa ser acessada por uma pessoa ou uma empresa localizada do Hemisfério Norte, e conseguir, assim, acompanhar a sua árvore escolhida. ” É, a gente vai precisar de muito satélite e de uma antena em cada árvore para para transmitir essa informação”, reconhece, sem contudo deixar de acreditar que o projeto é viável.

Saúde

Dois outros programas também estão na pauta do grupo de trabalho: a criação de um banco de dados global para emitir alertas sobre saúde; e outro banco de dados sobre como as políticas, leis e regulações para a equidade são aplicadas e se desenvolvem.  Os trabalhos do G20 mal começaram.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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