Prysmian se prepara para multiplicação da demanda por fibra em função da 5G

Antenas das novas redes móveis serão muito mais interconectadas por fibra do que eram nas gerações anteriores

A 5G terá um efeito multiplicador em diversos segmentos da economia. O mais evidente é para a indústria que fornece os equipamentos necessários para funcionamento de uma rede mais robusta e veloz. Na Prysmian, fabricante de cabos ópticos e energia, o planejamento para este momento começou anos atrás.

Marcelo Andrade, VP de negócios de telecomunicações da fabricante de cabos, contou ontem, 2, no Talk Show, do Tele.Síntese, que a chega da 5G vai multiplicar a demanda por cabos. Ele diz não ser possível prever exatamente qual será o crescimento da demanda, mas citou que os estudos mais otimistas apontam para expansão de 10 vezes do mercado.

Seja como for, a empresa se preparou nos últimos anos e investiu no aumento de sua capacidade de produção para atender ao mercado local. “O 5G traz o desafio da ‘densificação’, que vai encurtar a distancia entre as antenas, hoje longe quilômetros umas das outras, ficarão próximas em centenas de metros ou menos. E será preciso fazer o link entre tudo isso. Estamos pensando em fibra, em cabos híbridos de fibra e energia, em alta performance”, contou.

Ele disse que não vê a tecnologia FWA, de banda larga fixa via 5G, como ameaça à expansão das redes de acesso e fibra, por considerar que cada antena para FWA precisará ser abastecida por um link óptico.

“Absolutamente qualquer coisa que esteja fazendo link, que tenha transferência de dados, nós adoramos. No final das contas, esse tráfego vai entrar num cabo óptico. Sempre vai entrar no núcleo da fibra em algum momento. Não é um problema, ao contrário. O 5G vai trazer tantas outras aplicações, que num primeiro instante, o acesso pode ser FWA, WiFi, mas depois vai entrar no cabo óptico”, ressaltou.

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Rafael Bucco

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