Proteste questiona Google e Facebook sobre tratamento de dados e eleições

Entidade quer saber qual uso partidos e candidatos poderão fazer de dados dos brasileiros.
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A Proteste – Associação de Consumidores enviou tanto ao Facebook, quanto ao Google, pedidos de esclarecimentos quanto às práticas das empresas no tratamento de dados e prevenção de fake news durante as eleições deste ano.

A entidade pergunta ao Google se mantém algum vínculo com empresas que atuam no campo do marketing político no Brasil e que usa dados disponíveis nas ferramentas de publicidade da companhia. Questiona quais dados essas empresas podem acessar. E se já houve contratos publicitários firmados com partidos políticos ou candidatos.

Também questiona recentes manifestações do Google de que estaria usando ferramentas para dar menos visibilidade a notícias falsas. Quer saber o que a ferramenta de buscas considera “notícia falsa”, “de baixa qualidade” ou “teorias da conspiração”. E cobra transparência sobre quais critérios serão usados pelos algoritmos para destacar ou dificultar o acesso a conteúdos de natureza eleitoral.

Facebook

Para a rede social, os questionamentos vão na mesma direção. A Proteste pergunta se o Facebook assegurou-se de que a Cambridge Analytica eliminou os dados de mais de 400 mil brasileiros aos quais teve acesso. Se empresas de marketing político similares no Brasil também puderam usar dados de brasileiros para fins eleitorais. Quais empresas no país, de marketing político, têm contrato como Facebook com finalidade de fazer propaganda eleitoral, e quais dados podem ser usados.

Também pergunta sobre os termos dos contratos que estão sendo fechados com partidos e candidatos para impulsionamentos na plataforma. E sobre como vai filtrar as notícias “potencialmente falsas”, “falas” e fazer o “rebaixamento de notícias”.

Indaga: “Quais medidas serão adotadas pelo Facebook para que o programa de checagem de notícias não ameace as garantias constitucionais da livre manifestação do pensamento, de pluralismo e convicção políticos, e de livre acesso à informação?”.

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Da Redação

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