Projeto-piloto com Open RAN entre Vivo e NEC avança

Projeto-piloto em Open RAN da Vivo, tendo a NEC como integradora, entra em fase pré-comercial

(crédito: Freepik)

O projeto-piloto em Open RAN da Vivo, com integração da NEC, anunciado em 2021, entra em fase pré-comercial neste ano. A expectativa é de Leandro Galante, diretor de redes móveis da integradora e fabricante de equipamentos para infraestrutura de rede.

Proposta de arquitetura de rede móvel criada já há alguns anos, a Open RAN prevê a integração de elementos de redes de diferentes fornecedores. Até então, as redes celulares eram montadas por regiões por um único fornecedor, dos rádios aos softwares.

O conceito passa ainda por validação das operadoras mundo afora, que avaliam a qualidade da rede de acesso formada por produtos de diferentes fabricantes, o quanto os equipamentos conversam entre si sem engasgos, como fica a cadeia de suprimentos (mais ampla), o consumo energético, a manutenção e, principalmente, o custo final.

“Entendo que já está maduro para entrar em fase comercial, e os projetos que temos no mundo demonstram isso. O projeto com a Vivo no Brasil entra em fase pré-comercial este ano. No Japão temos contrato com a NTT Docomo, na Europa, com Deutsche Telekom e Vodafone. Temos uma iniciativa de neutral RAN no Reino Unido e na Austrália”, comentou ao Tele.Síntese, durante o MWC 2023.

O desenho inicial do projeto com a Vivo não foi detalhado pela operadora, nem pela NEC.  As empresas dizem apenas que as soluções Open RAN são compostas por produtos próprios da NEC, além de softwares e hardwares de parceiros. As unidades de rádio (RU) 5G massive MIMO (mMIMO) abertas da NEC, com beamforming avançado, que ajudam significativamente a aumentar e otimizar a capacidade da rede, estão incluídas nestas redes.

A NEC aposta forte no desenvolvimento do Open RAN, pois enxerga oportunidade de crescer neste mercado como integradora e chegar a 20% de market share até 2030, conforme anunciado no MWC de 2021. Antes de o Open RAN tomar forma, o mercado de fornecedores de redes móveis estava concentrado nas mãos de três empresas multinacionais: Huawei, Ericsson e Nokia. A expectativa da NEC, bem como de outras empresas do setor, é que a abertura reduza a concentração.

*Colaborou Diego Aquino

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Rafael Bucco

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