Projeto Amazônia 4.0 usa blockchain para manter riqueza na região
O projeto Amazônia 4.0, que tem o objetivo de melhorar a economia da Amazônia e envolve dezenas de acadêmicos, biólogos, engenheiros, advogados e economistas de todo o país, conta com a tecnologia do blockchain para manter o valor da biodiversidade na própria região. Segundo o professor Marcos Simplício, pesquisador no Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da Universidade de São Paulo (USP) o projeto está transformando as informações da biodiversidade em tokens que podem ser rastreados pelo blockchain.
” O pesquisador que transforma o DNA ingressa com os dados e o sistema de blockchain traz exatamente quem forneceu a informação para que o valor dessa informação fique para a Amazônia”, afirma Simplício.
Mas Bruno Albertini, professor do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo assinalou, durante o AGROtic 2021, que um dos grandes problemas ainda da cadeia do blockchain está vinculado à entrada e saída dos dados. ” A entrada de dados tem que ser passível de auditoria, certificação e selos, pois só estar no blockchain não implica que a informação é confiável”, alertou.
Consumidor
Segundo Eric Luque, CTO da Ecotrace, o consumidor final brasileiro está cada vez mais exigente e consciente sobre as informações que precisam ser prestadas pelos produtores. E exemplificou com a indústria da carne. “Atualmente, 30% dos consumidores acessam os carry codes colocados nas embalagens, que contêm informações sobre a carne, o produtor e o frigorífico”, afirmou.
Nayam Hanashiro, responsável pela área de Alianças Estratégicas da R3 lembra ainda que o blockchain não é só rastreabilidade e ele pode ser implementado no talhão, ou em qualquer produção. ” Pode também alavancar o modelo de negócios”, ressaltou.
Os painelistas participaram do painel ” O papel do blockchain no Agronegócio”, realizado hoje, 06, pelo AGROtic 2021, uma promoção do Tele.Síntese e ESALQtec.