Presidente rotativo da Huawei provoca EUA: “Nunca houve tanto interesse em nós”

Guo Ping, em apresentação no MWC19, defende que operadoras e governos definam requisitos de segurança e diz que a empresa nunca implantou backdoors nos equipamentos.

O presidente rotativo da Huawei Guo Ping se apresentou hoje, 26, em Barcelona ao público do #MWC19. E não perdeu a ocasião para provocar os Estados Unidos e minimizar os esforços do país em banir a fabricante de diversos mercados.

“Nunca houve tanto interesse na Huawei. Acho que estamos fazendo alguma coisa certa aí”, provocou. O executivo afirmou que fez altos investimentos em P&D nos últimos anos, e que estes garantiram à companhia chinesa a liderança em tecnologias para redes 5G.

Essa liderança, a seu ver, contribui para o surgimento de questões de segurança. “Podemos criar redes 5G simples, poderosas e inteligentes para as operadoras. Estamos liderando o 5G no mundo. Mas a inovação não é nada sem segurança”, disse.

O executivo lembrou ainda do PRISM, projeto de coleta de dados retirados de redes de provedores de internet tocado pelos EUA revelado por Edward Snowden. Guo lembrou que os EUA aprovaram, ainda, lei para permitir que suas agências acessem dados fora das fronteiras do país.

Guo afirmou que os EUA jamais apresentaram evidências de que a Huawei é uma ameaça à segurança nacional. “Não posso ser mais claro que isso: a Huawei nunca construiu backdoors, e nunca vamos permitir que alguém faça um em nossos equipamentos”, afirmou.

O executivo lembrou, ainda, que segurança é obtida por meio de colaboração, em diversas frentes. “Para construir sistemas confiáveis, precisamos de padrões, de regulação baseada em fatos reais, e precisamos trabalhar juntos”, contemporizou. Falou ainda que as redes 5G são mais seguras que as redes 4G. E que cabe às operadoras usarem firewalls e gateways que previnam ataques externos, além de monitorar os sistemas internamente.

Por fim, lembrou que a Huawei adota padrões de segurança definidos pela 3GPP e GSMA, padrões estes alinhados e, em alguns casos, aprovados por agências governamentais de segurança. (Com agências e assessoria de imprensa)

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Da Redação

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