Presidente do BB diz que o mercado financeiro é hipócrita

Presidente do BB diz que mercado financeiro é hipócrita. Crédito-Febraban
Para Fausto Ribeiro, o sistema cobra agenda ambiental, mas não cria estímulos para o agricultor. Crédito-Febraban

O presidente do BB (Banco do Brasil) , Fausto Ribeiro, disse hoje, 9, que existe uma “hipocrisia” no mercado financeiro, no que se refere à agenda do meio-ambiente.  “O mercado financeiro exige muito do agricultor, mas não está disposto a nos remunerar de maneira que possamos repassar para o produtor o estímulo à preservação”, reclamou o executivo durante a abertura do Febraban Tech.

Em seu entender, o papel dos bancos deve ser o de criar mecanismos para buscar a rentabilização das áreas que devem ser preservadas por lei. “É preciso criar outras alternativas para que o agricultor tenha outras fontes de receitas para preservar essas áreas”, completou.

Riberio observou que o país gasta hoje pelo menos R$ 15 bilhões para manter as áreas ambientais preservadas, e que o Brasil é único no mundo em que 66% de seu território são áreas preservadas. ” É preciso que a sociedade busque alternativas para que o selo verde traga o diferencial para o mercado competitivo e agrícola do Brasil”, completou.

2023

Para o próximo ano, o executivo disse que o banco vai acelerar o processo de transformação digital. “Queremos ter um banco digital na prática, que o cliente inicie no digital e termine no digital. Estamos eliminando as etapas que levem o cliente à agência e ao terminal”, afirmou.

Conforme Riberio, nesse processo de transformação digital o banco irá criar e ampliar redes de atendimento mais especializadas, voltadas para o corporate e para as micro e pequenas empresas. Mas entende que os “atendimentos especializado e físico vão persistir por muito tempo”.

Mas ele entende que, à medida em que as agências especializam-se no atendimento, a tecnologia da informação e comunicação permitirá que as instituições bancárias deixem de gastar milhões com os sistemas de segurança físicos, como cofres, circuitos de TV, vigilância armada, etc. “As agências serão mais leves”, concluiu.

 

 

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Redação DMI

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