Prejuízo da Claro Participações dobra no segundo trimestre
A Claro Participações obteve um prejuízo líquido de R$ 473,2 milhões no segundo trimestre de 2017. A empresa divulgou hoje, 18, seu balanço financeiro para o período. Em relação ao segundo trimestre de 2016, significa um aprofundamento do resultado negativo em mais de 100%.
A receita líquida diminuiu 4,3% no segundo trimestre comparado ao mesmo período de 2016, para R$ 7,8 bilhões. O resultado foi influenciado pela redução na receita de venda de aparelhos e de interconexão. Considerando somente a receita de serviços a clientes, houve um crescimento de 0,1 por cento.
Já a margem EBITDA caiu 0,4% no segundo trimestre de 2017, sobre o mesmo período de 2016. O EBITDA fechou junho em R$ 2,28 bilhões. Esses números refletem apenas as operações em telecomunicações de Claro, Net e Embratel.
América Móvil no Brasil
O grupo América Móvil no Brasil, o que inclui Claro, Net, Embratel e serviços de valor adicionado que não estão no escopo de divulgação dos resultados da Claro Par, registrou receita líquida de R$ 8,7 bilhões no segundo trimestre, 3,2% menos que um ano antes.
A receita com serviços sem fio foi de R$ 2,8 bilhões, uma redução de 4,1% no trimestre. E com serviços fixo e outros, de R$ 5,9 bilhões, queda de R$ 2,8%. O EBITDA ficou 1,5% maior, atingindo R$ 2,4 bilhões. A receita com serviços de dados expandiu 26,4% ano-a-ano. A receita média por usuário aumentou 9,1%, para R$ 15, e o churn caiu 0,3 p.p., para 3,4%.
A empresa afirma que os resultados são positivos, uma vez que a base de assinantes pós-pagos cresceu 10% no período. Ao mesmo tempo, manteve share no mercado brasileiro, de 28,1%, o que equivale a 56,5 milhões de clientes na telefonia móvel.
Com Net e Embratel, manteve a fatia de 31,3%, ou 8,6 milhões de clientes. Aumentando a base de clientes de ultra banda larga, segmento no qual possui share de 45,8%. E na TV por assinatura, manteve o predomínio, de 51,2%.
Resultado mundial
No mundo, a América Móvil as receitas cresceram 6,9% sobre um ano antes, atingindo US$ 14,27 bilhões. O lucro líquido no segundo trimestre ficou em US$ 82 milhões, alta de 86%. O EBITDA aumentou 13,7%, para US$ 3,9 bilhões. Os investimentos foram de US$ 2,92 bilhões. E o endividamento caiu – atualmente, a relação dívida/EBITDA é de 1,9x, ante 2,1x no primeiro trimestre e 2,4x no quarto trimestre de 2016.