Poupança perde mais dinheiro em novembro

Os saques  superaram os depósitos em R$ 7,419 bilhões em novembro, a segunda maior retirada líquida para novembro desde 95.
Poupança perde mais dinheiro em novembro
Este ano, somente um mês teve mais depósito do que saque. Crédito: Freepik

A caderneta de poupança continua a perder dinheiro no mês de novembro. O Banco Central (BC) informou hoje, (6) que os saques  superaram os depósitos em R$ 7,419 bilhões em novembro, a segunda maior retirada líquida para novembro, desde 1995. A maior retirada para meses de novembro foi no ano passado, com a saída líquida de R$ 12,377 bilhões. Os valores são nominais, ou seja, sem atualização pela inflação.

Neste ano, no mês de novembro os  depósitos totalizaram R$ 304, 580 bilhões e os saques, R$ 311,998 bilhões. No acumulado do ano, os saques de recursos da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 109,496 bilhões.

Esse é o maior valor da série histórica para o período. A cifra supera o recorde anterior, registrado nos onze primeiros meses de 2015, quando R$ 58,358 bilhões líquidos foram retirados da poupança. Ao longo deste ano, a poupança teve apenas um mês com mais entrada do que saída de recursos.

Razões

A elevada saída de recursos da poupança em 2022 coincide com a inflação, que chegou à casa de dois dígitos, e somente a partir de julho deste ano começou a desacelerar. A alta de preços foi impulsionada pelas medidas de redução de impostos sobre combustíveis e energia elétrica.

Ainda assim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tendo em consideração a inflação oficial do Brasil, acumula uma alta de 4,7%, até outubro, e de 6,47%, no acumulado dos últimos 12 meses.

Outro fator que pode ajudar a explicar a maior saída de dinheiro da poupança,  é a alta da taxa básica de juros, a Selic. A taxa está em 13,75% ao ano, maior juro básico desde dezembro de 2016.

Com isso, a tradicional caderneta de poupança segue com o rendimento travado em 6,17% ao ano + TR (Taxa Referencial), perdendo para outras aplicações de renda fixa, como as atreladas.

( com assessoria BC e agências)

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Redação DMI

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