Postes de energia poderão ser geridos por empresas de infraestrutura, propõem Anatel e Aneel

As áreas técnicas das agências reguladoras de telecomunicações (Anatel) e energia elétrica (Aneel) fizeram proposta, que será lançada para consulta pública, do surgimento de empresas de infraestrutura "exploradoras de postes" que passariam a ser responsáveis por gerir a ocupação desses ativos para reordenar o seu uso nas grandes cidades e permitir a colocação de erbs de 5G.

 

A desordenada ocupação dos postes de energia elétrica pelas operadoras de telecomunicações nas grandes cidades brasileiras poderá ter uma solução mais efetiva a partir da nova proposta de regulamento formulada pelas áreas técnicas da Anatel e Aneel, que deverá ser submetida à consulta pública pelas duas agências.

O superintendente de Competição da Anatel, Abrãao Balbino, em Live promovida hoje, 01,pelo Tele.Síntese, informou que a proposta de regulamento formulada pelos técnicos das duas agências, que irá substituir as atuais regras existentes, prevê a figura do “Explorador de Poste”, ou seja, uma empresa que poderá administrar de maneira independente os postes de energia elétrica, a exemplo do que existe atualmente no mercado de telecomunicações com as torres de telefonia celular, que são geridas por empresas independentes das prestadoras de serviços, conhecidas como “torreiras”.

“Não dá para falar que serão instaladas Erbs de 5G em postes, a exemplo do que está acontecendo no mundo, se a ocupação desses postes continuar do jeito que está”, salientou.

Segundo Balbino, na Anatel, a proposta já está para ser decidida pelo conselho diretor, e será relatada pelo conselheiro Moisés Moreira. Conforme o superintendente, a proposta formulada, que será lançada para consulta pública pelas duas agências reguladoras, prevê estímulos econômicos para que as proprietárias da infraestrutura dos postes – as concessionárias de energia elétrica – tenham interesse em repassar esse ativo para ser administrado por empresas (próprias ou de terceiros) que tenham nessa prestação de serviço a sua razão de existir.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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