Positivo tem queda de 70% no lucro no primeiro trimestre de 2023

Segundo a companhia, baixa se explica pela receita extraordinária de projetos especiais que ocorreram no início do ano passado; entre outros indicadores, empresa reduziu a alavancagem financeira
Lucro da Positivo tem queda significativa no primeiro trimestre de 2023
Lucro da Positivo tem baixa significativa no primeiro trimestre de 2023 (crédito/Freepik)

A Positivo Tecnologia divulgou, na quinta-feira, 11, os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2023. De janeiro a março deste ano, a empresa auferiu lucro líquido de R$ 8,5 milhões, resultado 70% inferior ao obtido no mesmo período do ano anterior (R$ 28 milhões).

Segundo a companhia, a queda no lucro se explica pela sazonalidade das receitas com projetos especiais. Desse modo, a Positivo destaca que, comparado ao ano passado, 2023 deve ter uma dinâmica de vendas inversa, com receitas maiores no segundo semestre.

“O lucro tem potencial para ser significativamente maior à medida que reduzimos as despesas financeiras e o endividamento líquido, bem como quando o CDI passar a cair”, também diz a companhia a respeito do menor ganho, em trecho do informe financeiro.

No primeiro trimestre, a receita bruta totalizou R$ 854,6 milhões, 28,5% abaixo do mesmo período do ano anterior. “Nossa receita bruta comparável (excluindo o projeto especial de urnas no 1T22) cresceu 12% no 1T23”, explica a empresa.

O faturamento da divisão comercial, destinada a empresas e instituições públicas e responsável por 70% das vendas, caiu 2,9%, para R$ 595,5 milhões. Já as vendas aos consumidores avançaram 70,3%, somando R$ 259,1 milhões na abertura de 2023. O balanço mostra que a empresa obteve R$ 430 milhões em receitas com projetos especiais no primeiro trimestre do ano passado, montante que explica a baixa no total do faturamento.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) chegou a R$ 84,5 milhões, recuo de 32,4%. A margem EBITDA ficou em 12,1%, 0,1 ponto percentual abaixou do mesmo período do ano passado (12,2%).

O indicador de alavancagem financeira, medido pelo endividamento líquido sobre o EBTIDA, ficou em 1,5 vezes ao fim do primeiro trimestre, com uma baixa mínima na comparação com o período inicial de 2022 (1,6 vezes).

“Concluímos o primeiro trimestre de 2023 com desempenho em linha com o que planejamos, apresentando um resultado que reflete a maior sazonalidade do nosso novo modelo de negócio, com grandes projetos que foram entregues na primeira metade de ano de 2022, e que em 2023 ocorrerão somente no segundo semestre”, afirma a administração da companhia.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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