Plano de IoT apontará 106 iniciativas para 4 áreas prioritárias
A agenda para o desenvolvimento da Internet das Coisas (IoT) já está praticamente concluída, e deverá ser anunciada em definitivo no Futurecom, evento a ser realizado na primeira semana de outubro. E houve uma mudança importante na estrutura final do estudo – conduzido pelo BNDES, com a participação da McKensey, CPqD e o escritório de advocacia Pereira Neto-Macedo, sob a coordenação do MCTIC – que acabou incorporando a indústria entre os segmentos apontados como prioritários para receber as ações e políticas a serem aplicadas nos próximos 5 anos. Assim, o Brasil definiu os setores de saúde, área rural, cidades inteligentes e indústria como aqueles onde o país pretende desenvolver tecnologias e criar serviços de IoT.
Segundo Ricardo Rivera, do BNDES, foram levantadas 106 iniciativas a serem implementadas nessas quatro verticais para levar o Brasil à liderança em IoT. Na área da saúde, por exemplo, a prioridade será o desenvolvimento de soluções para as doenças crônicas “O projeto é desenvolver respostas para a prevenção de doenças e infecções hospitalares”, exemplificou.
Na área rural, o Brasil pretende se tornar um exportador mundial de tecnologias e serviços para a agricultura tropical. Na indústria, vai buscar alternativas para tornar o processo fabril mais eficiente e flexível. Já quanto às cidades inteligentes, a intenção é também estimular e educar a demanda das administrações municipais e desenvolver ações em massa para as pequenas e médias empresas.
Conforme o executivo, o plano conta, no primeiro ano, com a realidade da escassez orçamentária, justamente porque precisa ser um plano viável para ser executado nos cinco anos previstos.
Segundo Thales Marçal, do MCTIC, as informações geradas pela IoT deverão permitir o acesso público e o compartilhamento de infraestrutura com outros atores. Ele informou ainda que o lançamento do plano de conectividade deverá ser lançado na primeira quinzena de outubro.