Pânico volta a atingir mercados e a derrubar preços das ações de operadoras

Bolsa brasileira teve negociações interrompida duas vezes nesta quinta. Índice Ibovespa despencou em função de temores relacionados ao impacto econômico do Covid-19. Também caíram os papeis de Oi, Telebras, Telefonica e TIM.

Pela segunda vez na semana o pânico tomou conta do mercado financeiro. A decretação de pandemia mundial relacionada ao novo coronavírus (Covid-19) seguida por notícias de disseminação da doença na Europa e agravamento também nos Estados Unidos – onde o governo proibiu a chegada de voos europeus -, a queda nos preços do petróleo e ainda a instabilidade política no Brasil são fatores que, segundo analistas, levaram o Ibovespa a baixa história, após a ativação, por duas vezes, do circuit breaker – paralisações feitas para acalmar os ânimos dos investidores e conter as baixas.

Nenhuma ação negociada na B3 fechou o dia com valorização. Os papeis das companhias de telecomunicações seguiram o mesmo caminho. A ação ordinária da Telebras foi a que apresentou a maior queda dentre todas as do setor: -27,37%, fechando ao preço de R$ 61. A ação preferencial caiu 15%, para R$ 17.

A Oi registrou o segundo maior tombo do segmento, com desvalorização de 17,2% a ação ordinária, cotada a R$ 0,77. A preferencial chegou ao final do dia valendo R$ 1,20, queda de 8,4%.

As ações da TIM também caíram dois dígitos. Perderam 14,78% do valor, encerrando o dia valendo R$ 13,38.

Por fim, a Telefônica Brasil registrou uma queda forte, embora menos acentuada que a das demais operadoras. O papel ordinário deixou 6,86% do valor pelo caminho, e terminou cotado em R$ 48,90. Já a ação preferencial fechou o dia valendo R$ 49,40, após desvalorização de 9,06%.

O Ibovespa, que atingiu pico de valorização no dia 23 de janeiro deste ano, quando registrou mais de 119 mil pontos, despencou 14,78% hoje. Com isso, voltou a 72,5 mil pontos – o mesmo patamar registrado em junho de 2018, quando a bolsa se recuperava dos prejuízos causados pela greve nacional de caminhoneiros, ocorrida em maio daquele ano, e do famigerado Joesley Day, quando uma denúncia envolvendo o então presidente Michel Temer ganhou o noticiário.

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Rafael Bucco

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