Organizações criticam programa Internet para Todos
Um grupo composto por 13 organizações sociais vai lançar no domingo (15) uma campanha pelo direito ao acesso universal à internet banda larga. O objetivo é pressionar para que todos os brasileiros tenham acesso à internet de qualidade, a preços justos.
As organizações reclamam, no entanto, do programa do Internet para Todos, do MCTIC. “As regras referentes à execução do projeto e as contrapartidas das operadoras que vão utilizar o Satélite Geoestacionário (SGDC), comprado em 2011 pelo valor de R$ 2,7 bilhões, seguem pouco transparentes”, afirma, em comunicado conjunto.
Formam o grupo as organizações Artigo 19, Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Clube de Engenharia, Coletivo Digital, Fora do Eixo, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC, Instituto do Bem Estar Brasil, Instituto Nupef – Núcleo de Pesquisas, Estudos e Formação, Instituto Telecom, Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, Mídia Ninja, Projeto Saúde & Alegriae Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.
No entender das entidades, o governo tem deixado o mercado decidir onde haverá banda larga, o que resultou em muitas áreas pouco ou nada atendidas. “O Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado ainda no governo Dilma Rousseff foi abandonado e os cortes recentes no Ministério de Ciências, Tecnologias, Inovações e Comunicações (MCTIC) atestam que não há vontade política em investir em setores estratégicos”, afirmam.
Conforme pesquisas recentes feitas pelo CGI.br, cerca de 40% da população brasileira não tem acesso à internet.