Oracle quer aproximar os municípios do ComprasNet

Segundo o vice-presidente de vendas para o setor público, Rodrigo Solon, a empresa já reescreveu as aplicações de negócio para a cloud, que funcionam no modelo SaaS.

As compras governamentais não deveriam ter como ponto principal de referência o preço, defendeu Rodrigo Solon, vice-presidente de vendas para o setor público da Oracle Brasil, ao participar de Talk Show durante o evento 5×5 TECSummit, nesta segunda-feira 7/12. Segundo ele, é muito importante o governo estar alinhado à nova dinâmica que alia técnica, qualidade de serviços, inovação, além do preço. Muitas empresas, pequenas inclusive, oferecerem soluções inovadoras e elas não conseguem ter acesso ao governo. “Existe um oceano azul para que startups trabalhem. Hoje as compras do governo são focadas em grandes fornecedores de tecnologia”, assinalou, explicando que isso ocorre em todas as esferas, da federal à municipal.

Para Solon, dois são os pontos principais para a modernização do processo de compras digitais: como estabelecer preços melhores e como balizar as compras, buscando uma padronização que venha gerar maior eficiência. Entre os grandes fornecedores, um momento importante foi a decisão do governo de renegociar seus contratos, como aconteceu com a própria Oracle. “Não é fácil, temos de lidar com as pressões em outras verticais e até na iniciativa privada quando damos esse benefício de redução de custo para o governo, mas entendemos o momento há um ano e já estamos tratando da prorrogação deste acordo com escopo maior. Estamos em conversas com Ministério da Economia para que isto possa ser estendido”, antecipou Solon, em sua participação no evento 5X5 TecSummit.

Outra vertente estratégica pontuada pela Oracle é a de aproximar os municípios do ComprasNet para incrementar o uso da tecnologia dentro das cidades. “A Oracle atua com ecossistema grande de parceiros e a principal ponderação deles para vender a municípios é o receio que eles têm de inadimplência. O que pode acontecer com o Comprasnet 4.0 é que seja uma ferramenta que possibilite inclusive que municípios se organizem de forma coletiva para fazer compras maiores. Assim, o fornecedor tem maior garantia; consegue estabelecer grau de risco maior, porque sabe que no volume a venda será grande”, apontou o VP da Oracle.

Nuvem

A Oracle vai disputar o edital de nuvem recém-lançado pelo Governo. O VP da empresa, Rodrigo Solon contou que a Oracle já passou pelo processo de reescrever as aplicações de negócio para cloud e que elas hoje funcionam no modelo SaaS, além de desenvolver infraestrutura de nuvem. “Talvez o nosso cliente que tenha demorado mais a entender este movimento foi o governo. Nem tudo vai para nuvem, mas o ponto é saber o que pode ir”, disse. O movimento para nuvem é sem volta, mas a transição deve ser muito bem avaliada, ponderou o executivo. “O governo tem legado grande e talvez este legado tenha de coexistir com a nuvem pública. É preciso estar preparado para isso.”

O governo fez compra inicial há dois anos e vem evoluindo nesse processo. “Agora acho que acertou o novo modelo de contratação, porque não vai privilegiar apenas um provedor de nuvem. A Oracle é um dos grandes provedores do governo, temos 80% das bases críticas, mas, nesse modelo, o cliente final vai poder escolher a nuvem dentro das que o broken tem”, explicou. Um ponto muito importante desse segundo edital, destacou Solon, foi o fato de ele incentivar o multicloud, ou seja, mais de um fornecedor de nuvem. “É um avanço importante para se ter a nuvem estruturada no Brasil”, adicionou o VP da Oracle.

O VP da Oracle Brasil, Rodrigo Solon, participou de talk Show realizado no 5×5 TecSummit, evento organizado pelo Convergência Digital, Mobile Time, Tele.Síntese, Teletime e TI Inside, até o dia 11 de dezembro. Amanhã, dia 08, a discussão será sobre saúde. No dia 09, energia. No dia, 10, a vertical em debate será finanças. O evento encerra com uma discussão sobre o impacto da indústria de entretenimento no BrasilInscrevam-se.

 

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Da Redação

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