Open Gateway: conheça as primeiras aplicações apresentadas pelas operadoras

TIM, Telefónica, Vodafone e Orange são algumas empresas que já apresentaram soluções de API que devem funcionar por meio da interconexão das redes de telecomunicações
Open Gateway já tem as primeiras aplicações anunciadas
Primeiras aplicações do Open Gateway foram anunciadas no MWC 2023 (crédito: MWC/Divulgação)

O Open Gateway, iniciativa anunciada pela GSMA nesta segunda-feira, 27, durante o Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, deve acelerar o desenvolvimento de serviços digitais. Grandes teles, em parceria com negócios de tecnologia, já anunciaram, inclusive, aplicações que devem funcionar por meio do projeto que visa a interconectar as redes de telecomunicações e facilitar o acesso de soluções às redes das operadoras.

O Grupo TIM, por exemplo, informou que vai lançar no Brasil e na Itália uma plataforma projetada para providenciar acesso universal para desenvolvimento e venda de aplicações com base em API (sigla em inglês para “Interface de Programação de Aplicação”). A solução, direcionada aos mercados B2B e B2B2C, tem o objetivo de ajudar desenvolvedores a criarem novos serviços.

Segundo a TIM, por intermédio do Open Gateway, provedores de serviços brasileiros e italianos poderão vender aplicações em todo o mundo, contando com contratos padronizados, processos simplificados e métodos de pagamentos rápidos e seguros. O objetivo, conforme a operadora, é reduzir a fragmentação do mercado de aplicações e potencializar o ecossistema dentro da indústria móvel.

Na Itália, a companhia disponibilizou um site dedicado ao serviço, no qual consumidores e desenvolvedores poderão ter acesso aos APIs mais inovadores. Uma plataforma com foco em Internet das Coisas (IoT) deve ser lançada no Brasil, mas a TIM não sinalizou nenhuma data prevista.

“O projeto Open Gateway vai fomentar a criação de soluções de comunicação garantindo, ao mesmo tempo, uma melhor experiência de uso aos consumidores. Este é um mercado de alto potencial que vai crescer mais do que 25% pelos próximos três anos”, afirmou o CEO do Grupo TIM, Pietro Labriola.

Telefónica

O grupo espanhol Telefónica, em parceria com a Microsoft, apresentou, também no MWC, uma API de Qualidade de Serviço (QoS), a qual deve permitir que os usuários desfrutem em tempo real de novos serviços que consumam muita banda larga e requeirem baixa latência.

Além disso, a operadora demonstrou casos de uso de aplicações desenvolvidas com a colaboração de outras empresas. As soluções, em geral, devem otimizar a conectividade, prover segurança a serviços financeiros e fortalecer a privacidade no ambiente digital.

A empresa também apresentou uma experiência de cloud gaming vinculada a Web 3.0 e ao programa Tokens Movistar e um sistema de videoconferência no metaverso integrado ao aplicativo Movistar Experiencia Inmersiva. Além do mais, destacou que a Vivo, marca do grupo no Brasil, desenvolveu, em parceria com o banco Daycoval, uma solução para realização de transações financeiras seguras.

Ericsson e operadoras

Também no MWC, as operadoras Orange, Telefónica e Vodafone, em parceria com a Ericsson, apresentaram um protótipo de API que viabiliza funcionalidades avançadas de 5G.

A expectativa é de que a aplicação, além de potencializar o surgimento de serviços, abra caminho para que as operadoras gerem novas fontes de receita advindas da quinta geração móvel. O objetivo é que as três operadoras utilizem a mesma API de QoD.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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