Oi terminou 2019 com R$ 1,91 bilhão em caixa

Operadora investiu R$ 661 milhões em dezembro. Ao administrador judicial, afirmou que emissão de debêntures e venda da Unitel darão fôlego para manter patamar de investimentos em 2020.

A Oi S.A. terminou o mês de dezembro com R$ 1,91 bilhão em caixa, após retração de 14,7% (R$ 329 milhões) em relação a novembro. O dado foi divulgado na noite de ontem, 17, pelo administrador judicial Arnoldo Wald, responsável por acompanhar as seis empresas do grupo que passam por recuperação.

A tele investiu no último mês do ano um total de R$ 661 milhões, aumento de 11% sobre novembro. A maior parcela do dinheiro foi aportada na operação móvel, que teve Capex de R$ 414 milhões. A operação fixa teve redução de 13% no Capex, para R$ 185 milhões. A empresa afirmou ao escritório Arnoldo Wald que o perfil dos investimentos está alinhado ao plano estratégico, de expansão da rede móvel e da rede de fibra óptica.

A tele registrou também receita R$ 399 milhões milhões mais alta, que totalizou R$ 2.41 bilhões. Conforme a Oi, a elevação das receitas se deu pela existência de mais dias úteis em dezembro do que em novembro e por campanhas de cobrança de recuperação de créditos.

Os pagamentos também cresceram, mas em menor magnitude: somaram R$ 2,08 bilhões, após aumento de R$ 290 milhões. A elevação aqui se deu pela revisão de contratos de TV paga, com aumento de custos de aquisição e distribuição. Também houve elevação do montante distribuído em comissões para usuários do Paggo Lojas, além dos custos trabalhistas com a segunda parcela do 13º salário.

A Oi explicou ao administrador judicial ainda que a queima de caixa foi compensada já em janeiro, com o término da emissão de R$ 2,5 bilhões em debêntures e a venda da Unitel, operadora de Angola da qual detinha 25%, por mais de R$ 4 bilhões. A entrada do dinheiro novo permitirá à tele sustentar o mesmo nível de investimentos ao longo de 2020.

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Rafael Bucco

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