Oi terá mesmo administrador judicial das Americanas
O juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nomeou no domingo, 25, um terceiro administrador judicial para a Oi: o escritório Preserva-Ação Administração Judicial, que também toca outro grande processo de recuperação, o da varejista Americanas.
O magistrado justifica a nomeação devido ao tamanho que o processo da Oi está tomando. Isso porque a lista de credores já é 4,5x mais extensa do que e a formulada na primeira recuperação.
“Se na 1ª Recuperação Judicial, considerada paradigma para o direito insolvencial brasileiro, amplamente conhecido e divulgado no mundo jurídico e empresarial, o instituto da Recuperação Judicial foi manejado para permitir a reestruturação do Grupo Empresarial em um universo de 35 mil credores e 25 bilhões de dívida, agora, nesta 2ª Recuperação Judicial, observa-se um cenário maximizado de quase 160 mil credores e uma dívida inicialmente declarada de R$ 44,3 bilhões, o que demonstra a magnitude e a complexidade do trabalho a ser empreendido para que se alcance o bom resultado sustentável que se busca no processo”, escreve o juiz na sentença.
Viana também descarta conclusão rápida para o processo. “Constata-se, sem maior esforço cognitivo, o complexo e extenso volume de trabalho que circunda este processo recuperacional que, pela experiência vivenciada, se desdobrará por considerável período, dentro da evolução e maturação natural de um processo”, afirma.
Segundo ele, a nomeação de mais um administrador judicial não tem nada a ver com a qualidade do trabalho dos atuais Wald Advogados e K2 Consultoria, os quais elogia. Enfatiza se tratar de preparação para o “volume de trabalho que se avizinha, tanto na verificação administrativa de crédito, como também, na verificação judicial a ser instaurada após a publicação da relação de credores”.
O Preserva-Ação Administração Judicial tem como sócio o advogado Bruno Rezende e sede no Rio de Janeiro. É especializado em processos de “insolvência de grande complexidade, de notório conhecimento público, com estrutura física e técnica de equipe multidisciplinar compatível com as necessidades deste processo”, justifica Viana.
