Oi reage à ação da Pharol nos EUA
Em resposta à ação protocolada pela Bratel, veículo do controlador da Oi, a Pharol, que na sexta-feira passada ingressou contra a empresa brasileira na corte de Nova Iorque questionando o plano de recuperação judicial, a Oi entende que a “Pharol age de forma isolada em relação à totalidade dos stakeholders neste processo. A objeção da Pharol foi a única, de mérito, protocolada nos EUA contra os pedidos de aplicação de força e efeito ao plano de recuperação judicial brasileiro aprovado por maioria absoluta e homologado pela Justiça brasileira e traz argumentos que simplesmente refletem aquilo que eles tem insistido, sem sucesso, em todas as esferas judiciais no Brasil”.
A Oi explica, em seu comunicado, que a Oi Coop, um dos veículos financeiros holandeses da Oi, emitiu título de dívida (bonds) nos Estados Unidos, para financiamento das operações da empresa no Brasil. Por conta da falência da OI Coop decretada pelo juízo holandês, a empresa, em recuperação judicial no Brasil, precisou buscar o reconhecimento pelo juízo americano, de acordo com o Chapter 15, de que é no Brasil onde se situava o centro de interesses da Oi Coop e assim, se proteger diante do processo holandês. “A corte de Nova York garantiu esta proteção, em decisão já informada ao mercado”, informa a operadora brasileira.
Para a Oi, ainda, a Pharol, ao usar o processo de mediação iniciado a partir da decisão do juízo da 7ª Vara Empresarial do RJ para tentar convencer o juízo americano a não reconhecer e dar força e efeito ao PRJ homologado “é apenas mais uma estratégia de usar a mediação para impedir a implementação da recuperação judicial, o que não pode ser aceito”.