Oi obtém revisão do empréstimo DIP junto a credores, com adicional de US$ 125 milhões
A Oi decidiu trocar o refinanciador do empréstimo DIP tomado este ano para fortalecer seu caixa. A companhia havia recusado proposta de nova captação junto aos credores Ad Hoc após receber uma proposta considerada melhor do BTG Pactual.
Os credores, então, foram à Justiça, que não lhes deu ganho de causa, mas abriu a oportunidade para apresentação de nova proposta, o que foi feito. Esta nova proposta se mostrou mais alinhada à situação da operadora, que a aceitou.
A Oi informou hoje ao mercado que “recebeu dos Credores Financeiros (”Ad Hoc Group” ou “AHG”) signatários do Note Purchase Agreement (“DIP AHG Original”) uma proposta alternativa atualizada e concorrente àquela apresentada pelo Banco BTG Pactual S.A. para o refinanciamento de dívidas da Companhia, na modalidade
debtor in possession (DIP), e consequente aditamento ao Note Purchase Agreement e da respectiva alienação fiduciária”.
A Oi diz que, após longas negociações entre sua diretoria, o AHG, e o BTG, concluiu que a Proposta Concorrente AHG “é a que melhor atende aos interesses da Companhia por, dentre outros, trazer uma liquidez adicional de US$ 125.000.000,00 em relação ao DIP AHG Original, anteriormente contratado, redução de custos, simplificação e melhoria das condições para os Credores Financeiros desembolsarem os recursos do financiamento e para prestação de informações, além de satisfazer as necessidades de capital de giro de curto prazo do Grupo Oi e investimentos para manutenção de suas atividades”.
Após as negociações, o BTG concordou em renunciar a cobrança de taxa de rescisão contratual do financiamento que havia negociado antes à Oi.
Segundo a companhia, com o aditamento, o empréstimo DIP agora tem o seguinte formato:
- Valor Total: até US$ 400 milhões, equivalente aos US$ 275 milhões contratados originalmente, somados à liquidez adicional para a Companhia em relação ao DIP AHG Original, de US$ 125 milhões. A tranche 2, prevista no DIP AHG Original, no valor de US$ 75 milhões, não será desembolsada;
- Custos (incluindo juros e taxas): 12,5% ao ano, sendo 5,5% PIK e 7% caixa, ao ano, pagos mensalmente, em dólares norte-americanos ou o equivalente em real;
- Prazo de Vencimento: 15 de dezembro de 2024;
- Garantia: Alienação Fiduciária de 95% por cento das ações de emissão da V.tal – Rede Neutra de Telecomunicações S.A. detidas pelo grupo Oi no momento do fechamento da operação;
- Destinação dos Recursos: os recursos serão utilizados para satisfação da necessidade de capital de giro de curto prazo do Grupo Oi e investimentos para manutenção de suas atividades.
A transação ainda precisa ser autorizada pelo juízo da recuperação judicial da Oi. Somente depois será concluída e, o dinheiro, transferido à operadora.