Oi elege novo conselho de administração para os próximos dois anos
Os acionistas da Oi elegeram, na quinta-feira, 16, o novo conselho de administração que será responsável por comandar a companhia pelos próximos dois anos. A eleição ocorreu em assembleia geral extraordinária.
Como a chapa composta por investidores minoritários desistiu de concorrer à mesa diretora, só havia uma chapa, indicada pela própria Oi, em disputa pelos cargos. Os indicados pelo atual comando, consequentemente, acabaram sendo eleitos.
Na realidade, a eleição só ocorreu porque, em outra deliberação tomada na mesma assembleia, os acionistas decidiram destituir o conselho até então responsável pela administração da tele. Também foi aprovada uma alteração no número de membros da mesa diretora, reduzindo de 11 para nove conselheiros.
Na prática, a grande novidade do novo conselho de administração da Oi é a inclusão de Rodrigo Abreu, atual CEO da operadora, como membro da mesa. Os demais eleitos são: Eleazar de Carvalho Filho, Marcos Grodetzky, Claudia Quintella Woods, Henrique Luz, Paulino do Rego Barros Jr, Armando Lins Netto e Mateus Affonso Bandeira.
Inicialmente, a formulação da chapa também contava com Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana, mas a ex-conselheira decidiu deixar o grupo por razões de foro íntimo, informou a tele.
Além disso, em separado, Raphael Manhães Martins foi eleito como representante dos minoritários no conselho de administração. O executivo foi indicado pelos acionistas Victor Adler e VIC Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.
Vale destacar que, na verdade, Martins já fazia parte do board que foi destituído. No entanto, teve a candidatura apoiada por acionistas detentores de ações preferenciais para continuar com um assento na mesa diretora.
A eleição do novo conselho de administração coincidiu com a data em que a Oi teve o pedido por uma segunda recuperação judicial aprovado pela Justiça do Rio de Janeiro. O passivo da empresa alcança R$ 43,7 bilhões.
A votação poderia ter ocorrido dias antes. Contudo, não houve quórum suficiente na primeira convocação da assembleia. As deliberações tomadas na quinta-feira foram aprovadas por meio de encontro que aconteceu de forma online.
Segundo a Oi, participaram da assembleia 17% dos investidores que detêm ações ordinárias e 20% dos que possuem papéis preferenciais. Ao todo, 17,1% do capital social com poder de voto.