Oi e BNDES assinam acordo de suspensão de dívida por 180 dias
O BNDES é atualmente um dos principais acionistas controladores governamentais da operadora e também um de seus maiores credores.
Conforme os relatórios da empresa divulgados na última sexta, 17 de junho, uma das alternativas da Oi para renegociar sua dívida – e negada pelos credores e controladores – seria a redução de 50% da dívida com a conversão em 50% de equity. Aos bancos, a intenção era alongar o pagamento das dívidas e cancelar amortizações de juros por, pelos menos, quatro anos.
As previsões da Oi, é de que já amargaria um fluxo de caixa negativo no segundo trimestre deste ano, de mais de R$ 600 milhões.
Ao todo, essas medidas afetariam R$ 16,86 bilhões, dos quais, R$ 4,4 bilhões seriam de dívidas com Banco do Brasil, R$ 1,85 bi com Caixa e R$ 3,26 bilhões com BNDES. Há também dívidas com os bancos privados Bradesco e Itaú. Com o Itaú, ela deve R$ 1,3 bilhão. A dívida bruta total soma R$ 50 bilhões.
O acordo de stand still com o banco, conforme as agências, foi fechado ainda na gestão do ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
Ações em queda
As ações da Oi estão hoje, 20, em queda. As ADRs (negociadas em Nova Iorque) caíam mais de 13% pela manhã e no Brasil as ordinárias caíam 10,45% e as preferenciais, caíam 3,64%, se aproximando do mínimo de R$ 1,00.
No dia 26 de julho, a Oi precisa pagar pelo menos € 230 milhões em bonds. Se não honrar o compromisso, terá sua dívida declarada vencida. O mercado avalia que até o dia 10 de julho a empresa defina a situação e de entrada ao pedido de recuperação judicial.
A agência Fitch rebaixou na sexta os títulos da Oi de CCC para C, a um degrau do “lixo”.