Vodafone vai demitir 11 mil e simplificar estrutura na Europa
A Vodafone anunciou, nesta terça-feira, 16, que vai demitir 11 mil funcionários nos próximos três anos como parte de um plano de simplificação de sua estrutura. As informações foram trazidas a público por meio do balanço financeiro do ano fiscal de 2023.
No documento, a companhia salienta que o setor de telecomunicações, especialmente na Europa, demanda um alto volume de investimentos, mas gera um dos retornos baixos sobre o capital investido.
Nesse sentido, para cumprir o objetivo de ser “a melhor empresa de telecomunicações da Europa e da África e se tornar a principal plataformas de negócios da Europa”, a companhia redesenhará a sua estrutura, incluindo uma revisão dos negócios na Espanha e um plano de recuperação das operações na Alemanha.
“Hoje, anuncio os meus planos para a Vodafone. Nosso desempenho não foi bom o suficiente. Para entregar de forma consistente, a Vodafone tem de mudar”, afirma Margherita Della Valle, CEO efetivada no comanda da companhia há três semanas, em trecho do informe financeiro.
“Minhas prioridades são clientes, simplicidade e crescimento. Vamos simplificar a nossa organização, eliminando a complexidade para recuperar nossa competitividade. Vamos realocar recursos para oferecer o serviço de qualidade que nossos clientes esperam e impulsionar ainda mais o crescimento a partir da posição única da Vodafone Business”, declara a executiva.
Segundo a Vodafone, o braço corporativo tem crescido em quase todos os mercados europeus. Desse modo, a empresa sinalizou que vai “reequilibrar a organização para maximizar o potencial da Vodafone Business”. No caso dos consumidores, a tele britânica planeja se concentrar “no básico e entregar a experiência simples e previsível que os clientes esperam”.
Resultados
No ano fiscal terminado em março de 2023, a receita da Vodafone teve leve alta de 0,3%, totalizando 45,7 bilhões de libras esterlinas (aproximadamente R$ 288,88 bilhões), com ajuda do crescimento das operações na África.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado caiu 1,3%, somando 14,7 bilhões de libras (R$ 90,67 bilhões). O indicador foi impactado pelo aumento dos custos de energia e pelo desempenho aquém do esperado na Alemanha. A margem ficou em 32,1%, 1,4 ponto percentual abaixo do resultado do ano anterior.
O lucro líquido foi de 12,3 bilhões de libras (R$ 75,87 bilhões). O ganho, consideravelmente superior ao do exercício anterior, quando lucrou 2,8 bilhões de libras (R$ 17,27 bilhões), foi influenciado pela alienação da Vantage Tower.