Nextel diminui prejuízo, mas receita cai
A NII Holdings, controladora da Nextel Brasil, divulgou no final da tarde de hoje, 03, os resultados financeiros das companhia para o ano de 2015. O material mostra que a operadora brasileira segue dando prejuízo, mas as perdas encolheram quase à metade em relação a 2014.
No ano que passou, a Nextel Brasil perdeu US$ 84,2 milhões, ante prejuízo de US$ 133,7 milhões em 2014. O resultado foi fruto de corte de custos, e não de aumento de receita. Esta fechou o ano em US$ 1,14 bilhão, 32% a menos que um ano antes. Os custos da subsidiária caíram de US$ 2,24 bilhões em 2014 para US$ 1,4 bilhões em 2015.
A base de assinantes permaneceu praticamente estável, com total de 4,34 milhões. A companhia divulgou, ainda, aumento de 44% nas receitas com telefonia móvel 3G. Estes terminais passaram a representar 65% da base da Nextel. O Capex em 2015 foi de US$ 142 milhões.
O churn aumentou de 2,55% para 3,35%. A receita média por usuário (ARPU) caiu de US$ 30 para US$ 19. No quarto trimestre do ano, a Nextel Brasil registrou lucro de US$ 1,8 milhão, ante prejuízo de US$ 49.3 milhões em 2014 para o mesmo período.
Os resultados foram impactados pela desvalorização do real frente o dólar. No ano, a receita operacional da Nextel Brasil encolheu 34%, em linha com a perda de valor da moeda brasileira. Descontado esse fator, o encolhimento ainda existira, mas seria mais suave, de 7%. O prejuízo também seria diferente. Em vez de diminuir 37%, teria diminuído 61% a câmbio constante. Para efeito de comparação, a cotação usada pela companhia era de R$ 2,35 por dólar em dezembro de 2014, valor que saltou para R$ 3,33 em dezembro de 2015.
A perspectiva para 2016 não é das mais animadoras. “Esperamos que o ambiente macroeconômico e um cenário mais competitivo continuem a pressionar nossos resultados”, diz no balanço Steve Shindler, CEO da NII Holdings.
Controladora
Com desempenho de seu único ativo, a operadora brasileira, a NII Holdings finalizou o ano com receita operacional de US$ 1,21 bilhão e prejuízo operacional de US$ 457 milhões. O OIBDA, lucro operacional antes de impostos e amortizações, foi negativo em US$ 148 milhões. Teve, ainda, lucro líquido de US$ 1,46 bilhão, em função da venda de ativos ao longo do ano.