Netflix fecha acordo na Coreia do Sul para se livrar de processo de “fair share”
A Netflix e a SK Broadband, subsidiária da empresa de telecomunicações sul-coreana SK Telecom, fecharam um acordo que põe fim a uma batalha legal na qual o provedor exigia que a plataforma de streaming pagasse pelo uso da rede – taxa conhecido como “fair share”.
A parceria, anunciada nesta segunda-feira, 18, prevê que os assinantes dos planos de banda larga e de IPTV possam contratar o serviço da Netflix diretamente pelos canais da SK Broadband. Com o acordo, as companhias encerram um processo judicial que tramitava nas cortes da Coreia do Sul há três anos.
“Ao se associarem à Netflix, a SK Telecom e a SK Broadband planejam ajudar os clientes a desfrutar de programas e filmes da Netflix em dispositivos móveis e IPTV com opções de acesso e de pagamentos facilitadas. A SK Telecom e a SK Broadband oferecerão vários planos de preços e produtos, incluindo pacotes agrupados”, diz a Netflix, em nota.
A plataforma de streaming também informou que novos produtos para clientes dos provedores sul-coreanos serão lançados gradualmente a partir do primeiro semestre do ano que vem. Além disso, tecnologias de Inteligência Artificial (IA) desenvolvidas pela SK Telecom e SK Broadband serão usadas para “criar melhores experiências de entretenimento para os clientes”.
A disputa judicial entre as empresas de telecomunicações e a Netflix começou em 2020. Os provedores alegavam que a plataforma de streaming deveria pagar uma taxa pelo uso massivo da rede, a exemplo do que o setor reivindica no Brasil.
A Netflix, por sua vez, defende que investe em programas que facilitam as transmissões de vídeos e rechaça arcar com o uso das redes disponíveis em qualquer lugar do mundo.
Embora o acordo encerre o litígio, sinaliza que a forma encontrada de fazer com que a empresa norte-americana contribua pela sobrecarga no tráfego de dados é incentivar que os consumidores assinem os planos de streaming mediante os serviços de banda larga.
No caso sul-coreano, a parceria sugere que a partilha de receitas entre a Netflix e o Grupo SK deve garantir a cobertura dos custos de utilização das redes.