“Não tem incompatibilidade”, diz Kassab sobre fusão de MCTI e Minicom

Ministro defende junção de pastas diferentes e diz se tratar de medida "emblemática"

Ao fundir as pastas da Ciência, Tecnologia e Inovação e das Comunicações em um novo ministério, o presidente interino Michel Temer gerou reações adversas. Enquanto o setor de telecomunicações evitou proferir uma posição, entidades da sociedade civil e do setor científico não pouparam objeções. Entre os argumentos principais, declararam que os modelos de gestão e de abordagem das políticas diferem completamente.

Gilberto Kassab, o ministro dessa nova pasta, no entanto, discorda. Em evento realizado hoje, 01, em São Paulo, ele deixou clara sua posição. “Hoje o ministério não tem incompatibilidade em nenhuma de suas áreas”, defendeu.

Segundo ele, a redução de pastas era uma “aspiração da sociedade brasileira”, e que mesmo assim ainda há meios de comunicação que classificam as fusões como “tímidas”. “Defendo a redução do número de ministérios”, diz, para em seguida emendar: “um ministério forte, com peso político e que estará a favor das comunicações, da ciência, da tecnologia, da pesquisa e da inovação”.

“Há expectativa de redução de custo: se tinha dois ministros, agora tem um, dois chefes de gabinete, agora é um, quatro motoristas, agora dois – e assim em toda a cadeia”, argumenta.

Cálculos financeiros que justifiquem o encolhimento, porém, não existem. “Por ano quanto será a redução? Agora ainda não dá para saber, mas é uma redução administrativa e emblemática, exemplar em relação à redução de custos”, conclui.

Kassab foi convocado pela Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado para explicar, no próximo dia 07, o porquê da união das pastas e defender a medida.

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Rafael Bucco

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