Na China, Lula visita Huawei e firma parcerias

Ministro das Comunicações faz parte da equipe do governo em viagem oficial. Empresa se dispôs a colaborar em projetos de inclusão digital e reindustrialização.
Na China, comitiva visita Huawei e firma parcerias
Acompanhado de comitiva, Lula experimenta óculos de realidade virtual em visita a centro da Huawei | Foto: Ricardo Stuckert/ PR

A comitiva do governo federal que acompanha o presidente Lula em viagem oficial à China visitou o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Huawei, em Xangai, nesta quinta-feira, 13. O encontro contou com a participação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, além de parlamentares e empresários.

O grupo brasileiro foi recebido pelo CEO da Huawei, Liang Hua, que mostrou os espaços do centro e soluções tecnológicas desenvolvidas pela empresa. De acordo com o governo, os executivos da fabricante realizaram uma palestra ao presidente Lula.

“A empresa reforçou o compromisso de trabalhar numa perspectiva de longo prazo para o desenvolvimento sustentável do Brasil, em parcerias com foco em conectividade, inclusão digital, educação, saúde e reindustrialização”, diz nota do Palácio do Planalto.

Ainda segundo o governo, a Huawei destacou projetos de conectividade digital em zonas remotas da Amazônia e ações para conectar escolas públicas e interligar setores de segurança. Lula afirmou em rede social que o 5G também foi tema do debate.

Para o ministro das Comunicações, “visitar gigantes como a Huawei é importante para aproximar o setor de telecomunicações brasileiro das grandes empresas globais”.

“Conhecer os campos de pesquisa e de desenvolvimento de tecnologias dessas empresas é fundamental para o desenvolvimento dos nossos polos tecnológicos”, disse Juscelino Filho em nota.

 

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Parcerias

Além da visita ã Huawei com a comitiva, o Ministério das Comunicações (MCom) anunciou que assinará, nesta sexta-feira, 13, um “Memorando de Entendimento com os chineses para o intercâmbio de informações sobre políticas, regulamentos e padrões técnicos de telecomunicações”.

O acordo visa promover as pequenas e médias empresas dos dois países e busca “proporcionar a troca de visões sobre as principais pautas de tecnologias da informação e da comunicação nos foros internacionais como União Internacional de Telecomunicações (UIT) e G20”.

Também nesta sexta-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) assina três memorandos. São eles:

  • Cooperação industrial: que tem como ator principal o setor privado e prevê tratativas para investimentos e trocas tecnológicas nos setores de mineração, energia, infraestrutura e logística (estradas, ferrovias, portos, gasodutos), indústria de transformação (carros, máquinas, construção, eletrodomésticos), alta tecnologia (medicamentos, equipamentos médicos, TI, biotecnologia, nanotecnologia, setor aeroespacial etc.) e agroindústria.
  • Economia digital: para a construção de uma infraestrutura econômica capaz de integrar tecnologias interativas inteligentes a atividades como manufatura avançada, circulação de mercadorias, transportes, negócios, finanças, educação e saúde – envolvendo ainda redes de banda larga, navegação por satélite, centros de processamentos de dados, computação em nuvem, inteligência artificial, tecnologia 5G e cidades inteligentes. O memorando aborda também questões relativas a novos modelos de negócio, regulação, pesquisa, treinamento e capacitação.
  • Facilitação e promoção comercial: no âmbito do Grupo de Trabalho de Facilitação do Comércio, prevê conversações para eliminação de barreiras e adoção de boas práticas comerciais e regulatórias em temas de interesse bilateral. O documento fala ainda em estabelecer canais de comunicação eficientes, apoiar a participação em feiras e agilizar a circulação, a liberação e o despacho aduaneiro.

Ao todo, estão previstos cerca de 20 acordos bilaterais durante a visita. Um deles será para a construção do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos em parceria entre Brasil e China. O diferencial do novo modelo é uma tecnologia que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica mesmo com nuvens.

Outros acordos foram firmados em março, quando comitiva de empresários visitou a China acompanhada de representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Entre as parcerias firmadas está o apoio a startups e medidas para facilitar transações bancárias entre os países.

Com informações do governo federal

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Da Redação

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