Móvel puxa crescimento das receitas da Claro, que faturou R$ 9,85 bilhões no 3º tri
A Claro anunciou hoje, 20, os resultados financeiros do terceiro trimestre. A empresa apresentou crescimento de receitas e do lucro antes de juros, impostos, depreciações, amortizações (EBITDA). A tele avisou que cresceu em várias frentes em relação ao mesmo período de 2019, registrando expansão na quantidade de assinantes pós-pagos e na receita por usuário. Mas encolheu no fixo, segmento em que trabalha com banda larga e TV por assinatura.
A companhia informou receita líquida de R$ 9,85 bilhões no terceiro trimestre do ano, um avanço de 1,4% sobre o mesmo período de 2019. Os serviços móveis cresceram 8,5%, totalizando R$ 4,02 bilhões da receita total. Já a receita fixa, que inclui banda larga fixa e TV paga, caiu 4,9%, para 5,37 bilhões.
O EBTIDA do grupo aumentou 6,6%, para R$ 4,07 bilhões. Com isso, a margem EBITDA subiu de 39,3% um ano atrás, para 41,3% agora.
No mercado corporativo, no qual trabalha sob a marca Embratel, a empresa registrou expansão de 23,9% nas vendas de serviços de TI, 237,6% em nuvem, 33,4% em “voz avnçada” e 19,3% em telemetria/IoT.
TV paga em reformulação
A queda da receita no fixa tem relação com a retração do mercado de TV. Conforme dados da Anatel, o segmento vem perdendo clientes mês após mês. Em face desse desafio, a operadora está reformulando produtos.
“Em um movimento de transformação de nossa oferta de TV por assinatura, a Claro lançou o “Claro Box TV”, produto de streaming que já vem com controle com comando por voz, sendo uma alternativa moderna para ter acesso a filmes, séries, canais de TV e app de streaming em um só lugar, contando ainda com auto instalação e menor custo operacional”, lembra a tele no relatório de divulgação dos resultados.
O outro componente da receita de serviços fixos, a banda larga, evoluiu, segundo a companhia. Embora não informe os detalhes financeiros, a Claro informou que adicionou 63,4 mil acessos de banda larga fixa no terceiro trimestre. No segmento de maior valor, o de conexões com mais de 34 Mbps, detém market share de 39,2%. A rede de fibra óptica (FTTH) da empresa chegou a 70 cidades. A banda larga residencial teve aumento de 10,7% nas receitas no período.
Móvel
No celular, a empresa registrou crescimento no pós-pago, atingindo 29% de market share, crescimento de 1,3 ponto percentual em relação a um ano antes. Foram adicionadas 7,4 milhões de assinaturas ao pós (metade das quais vindas da aquisição da Nextel), o que significou aumento de 28,3% da base de clientes pós-pagos sobre o terceiro trimestre de 2019.
Boa parte dos clientes vieram ainda do upsell, ou seja, passaram do pré-pago para contas controle ou pós-pagas puras. “A base no segmento pré-pago fechou o 3º. trimestre de 2020 com 26,3 milhões de assinantes, e mesmo em um cenário de redução do número total de linhas ativas segue sendo uma fonte importante e qualificada para migração de clientes para o pós-pago”, afirmou a companhia.