Moedas digitais: entidade do setor diz que pirâmide financeira quadruplicou nesse mercado
O número de pirâmides financeiras praticadas por empresas ditas de criptoativos quadruplicou e já afeta quatro milhões de pessoas. Com essa informação, a representante da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), Natália Garcia, defendeu a regulamentação das moedas digitais, desde que as regras não atinjam a tecnologia para não “amarrar” o mercado. “A maioria dos países regulam as moedas digitais como meio de pagamento”, afirmou.
Natália, que participou de audiência pública nesta quarta-feira, 11, da comissão da Câmara que estuda a regulamentação de criptomoedas, disse que o Brasil participa com 0,6% do mercado dos criptoativos mundial, com a comercialização diária de US$ 3 milhões. Para ela, a regulamentação trará credibilidade e confiabilidade a esse mercado no país.
Porém, Natália é contra a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar empresas que estão sendo denunciadas por suposta prática de pirâmide financeira. “Já existe uma lei que combate esse tipo de crime financeiro”, argumenta. Além do mais, a maioria dessas empresas já estão sob investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), disse.
A comissão especial estuda a regulamentação de moedas virtuais e de programas de milhagem de companhias aéreas, prevista no PL2303/15.