Ministro debate 5G com Ericsson e Nokia, mas ainda não agenda Huawei
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, deu largada hoje, 5, ao debate que prometeu manter com as principais fabricantes das redes da telefonia móvel de quinta geração, a 5G. Conversou com representantes da Ericsson e da Nokia, mas ainda sem previsão se e quando vai ouvir representantes da gigante chinesa Hawei, alvo de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump com acusação de que faz espionagem para o governo da China.
“É importante compreender todos os aspectos dessa nova tecnologia para que possamos levar ao Presidente da República as informações para uma tomada de decisão quanto aos fornecedores de equipamentos do 5G no Brasil”, afirmou o ministro, segundo a assessoria do ministério.
Faria realizou videoconferência com o presidente e a vice-presidente da Ericsson, Eduardo Ricotta e Georgia Sbranna, e também recebeu, em reunião separada, o diretor-geral da Nokia Networks, Luiz Tonisi, juntamente com o diretor técnico, Wilson Cardoso, e o presidente do Conselho Nokia Brasil, Aluísio Byrro.
Diálogo
Desde que tomou posse, o ministro vem afirmando que está aberto ao diálogo com os principais fabricantes de equipamentos e infraestrutura de telecomunicações no Brasil. Faria tem recebido as demandas dos fornecedores de soluções para compreender os investimentos realizados no país, o cronograma dos próximos desenvolvimentos tecnológicos, bem como a visão de cada fabricante sobre as tecnologias de quinta geração.
Nas reuniões, a Ericsson e a Nokia, que são duas das maiores fabricantes de equipamentos de infraestrutura de telecomunicações do mundo, apresentaram as empresas e os principais desafios para a implementação da nova tecnologia no País.
O ministro reafirmou que está aberto para o diálogo, tendo o papel de receber todas as empresas interessadas e realizar a avaliação técnica. Sempre tem repetido que a decisão sobre a participação da Huawei na rede da 5G, cujo leilão de frequências acontece em 2021, ficará a cargo do presidente Jair Bolsonaro.
Na segunda-feira passada, 3, o vice-presidente Hamilton Mourão já disse não temer a pressão dos Estados Unidos. Em entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros em São Paulo, declarou que não iria temer “consequências” caso o País permita a participação da fornecedora chinesa na implantação do 5G.