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Mercado global de eSIM deve crescer 249% até 2027, indica Juniper Research

Consultoria britânica aponta que 3,5 bilhões de smartphones com chips virtuais devem ser comercializados nos próximos quatro anos
Mercado de eSIM deve ser disruptivo ao modelo de negócios das operadoras
Em franca expansão, mercado de eSIM pode abalar o modelo tradicional de negócios das operadoras, aponta consultoria (crédito: Freepik)

O mercado global de eSIM deve crescer 249% nos próximos quatro anos, indica um estudo da Juniper Research, consultoria britânica para o setor de comunicações de alta tecnologia, divulgado nesta terça-feira, 10.

A estimativa indica que o setor deve saltar de US$ 4,7 bilhões, em 2023, para US$ 16,3 bilhões, em 2027.

Segundo a consultoria, o mercado será impulsionado pela adoção de dispositivos de consumo habilitados para eSIM. Em alguns territórios, como nos Estados Unidos, o iPhone 14, da Apple, não possui bandeja para chip físico, de modo que algumas funções do aparelho só funcionam com a utilização de um chip virtual.

Nesse sentido, a Juniper Research aponta que a gigante de tecnologia deve expandir para a Europa, ainda este ano, a oferta de dispositivos com base em eSIM, uma vez que a tecnologia pode contribuir para reduzir o tempo de espera nos acordos de roaming ao longo do continente europeu.

Além disso, a pesquisa sinaliza que o número total de smartphones que utilizam a conectividade eSIM deve aumentar de 986 milhões, em 2023, para 3,5 bilhões, em 2027. A expectativa é de que, numa tentativa de competir com a Apple, empresas como Google e Samsung desenvolvam dispositivos habilitados em eSIM para o sistema operacional Android.

A autora da pesquisa, Scarlett Woodford, destaca que, apesar das preocupações das operadoras com os possíveis impactos disruptivos dos eSIMs nos modelos de negócios tradicionais, o movimento dos fabricantes de smartphones deve ditar os rumos da indústria.

“Os provedores de serviços devem oferecer suporte à conectividade eSIM para evitar o desgaste de assinantes à medida que a conscientização sobre a tecnologia aumenta”, afirmou.

Segundo o estudo, a Índia e a China devem ser responsáveis, até 2027, por 14% e 11% do mercado global de eSIM, respectivamente. Em seguida, aparecem os Estados Unidos (10%), o Brasil (4%) e o Paquistão (3%).

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