Mais de R$ 1 bi do ágio da Winity vai para o Tesouro, por falta de obrigações no leilão do 5G

A operadora terá que depositar nos cofres do Tesouro R$ 1,036 bilhão, visto que apenas com R$ 400 milhões atenderá as obrigações de cobertura as estradas federais e 625 localidades com 4G

A Winity ofereceu ágio de 850% bem acima das obrigações previstas no leilão do 5g. Crédito: Freepick
A Winity ofereceu ágio de 850% bem acima das obrigações previstas. Crédito: Freepick

O leilão do 5G da Anatel, com os lances encerrados na semana passada, apesar de ter sido elaborado de forma a não ser arrecadatório, ou seja, os recursos em sua maioria seriam destinados para as redes de telecomunicações, acabou, para a faixa de 700 MHz, com o resultado inverso.

A operadora regional Winity, administrada pelo fundo Pátria fez a oferta de R$ 1,427 bilhão por 20 MHz do espectro, ágio de 850% em relação ao preço mínimo. E, hoje, a Anatel esclareceu que, além das obrigações já previstas no edital

  • Atendimento de 625 localidades com menos de 4G
  • Atendimento de 31.416,97 KMs de trechos de rodovia (1.185 trechos)

O acréscimo das obrigações adicionais – de 4.367,62 quilômetros de rodovia  (1.164 trechos) somam apenas mais alguns milhões nos investimentos a serem feitos. Segundo a Anatel, as obrigações adicionais somam R$ 233.693.875,72 no leilão do 5G.

Assim, a operadora terá que depositar, em dinheiro, para os cofres do Tesouro R$ 1.036.550.204,98. Na sessão de hoje, 09,  de escolhas de localidades a serem atendidas, a Winity nem precisou apresentar a sua lista de preferência, tendo em vista que todas as suas obrigações foram incluídas.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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