Lucro da Nokia cai 56% em 2015

Fabricante prevê um ano difícil em 2016, com queda da demanda por redes 4G/LTE na China e em outros mercados.

Shutterstock-Angela Waye_economia_desempenho_graficoA Nokia divulgou hoje pela manhã os resultados financeiros para 2015. No ano, a companhia conseguiu ampliar as receitas em 6%, para € 12,5 bilhões. A maior parcela das vendas continuou a vir da divisão de redes, que faturou € 11,5 bilhões no ano passado, resultado 3% melhor que 2014. O resto, pouco mais de 1 bilhão, veio da divisão Technologies, que detêm as patentes da companhia e administra contratos de licenciamento. Apesar do aumento da receita, o lucro da caiu 56% no ano, para € 1,2 bilhão.

O quarto trimestre mostra uma situação um pouco diferente. A companhia registrou receitas de € 3,6 bilhões no período correspondente aos meses de outubro, novembro e dezembro, resultado 3% melhor que nos mesmos meses de 2014. Descontada a variação cambial, haveria queda de 3%. A divisão de redes encolheu 5%, com vendas no montante de € 3,21 bilhões. O lucro ficou em € 499 milhões, 54% maior que um ano antes.

A América Latina representou 9% do bolo, enquanto Europa e Ásia Pacífico (sem China) dividiram o título de principais mercados, com 25%. América do Norte e China representaram 15%, cada, das receitas da divisão de redes.

No quarto trimestre a companhia concluiu a venda da HERE, sua unidade de mapeamento digital para consórcio formado por empresas do setor automobilístico. O negócio rendeu € 2,55 bilhões. No balanço, a empresa finlandesa destacou ainda os esforços para fundir as operações com as da Alcatel-Lucent. Ontem, a empresa divulgou o resultado da oferta pública de troca de ações, que resultou em posse de 88,07% das ações da Alcatel-Lucent. Amanhã, com o vencimento de uma nova oferta, a empresa espera ampliar essa fatia para 91,25%.

Previsões negativas
A fabricante, no entanto, antecipa um ano difícil em 2016. O CEO da empresa, Rajeev Suri, afirmou no comunicado ao mercado que espera queda no ritmo de investimento por parte das operadoras chinesas em 4G/LTE. Outros mercados devem apresentar o mesmo cenário de desaceleração. O ano já começa com resultados ruins. “O primeiro trimestre, em particular, se mostra bastante desafiador uma vez que os clientes [as operadoras] ajustam seus CAPEX às incertezas macroeconômicas”, analisa. Diante disso, ele promete acelerar a união com a Alcatel-Lucent para “entregar sinergias o mais rápido possível”.

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Rafael Bucco

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