Lucro da Caixa cresce. Do Bradesco cai

Caixa registrou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões. O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,2 bilhões.
Lucro da Caixa e do Bradesco. Crédito-Freepik
Crédito: Freepick

A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre de 2022, alta de 75,9% em relação aos três meses anteriores. Já em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, o lucro do banco teve um crescimento menos expressivo, de 0,5%.

O aumento do lucro da Caixa de um trimestre para o outro foi possível “através do incremento nas receitas de prestação de serviços e melhora na qualidade e solidez da carteira em função da consistente gestão de risco da instituição”. O patrimônio líquido  saltou 10,1% em 12 meses, alcançando a marca de R$ 122,8 bilhões. Já o número total de ativos Caixa chegou a R$ 1,6 trilhão, avanço de 5,1%.

No segundo trimestre deste ano, o último sob gestão de Pedro Guimarães – que pediu demissão após ser acusado de assédio sexual por funcionárias da instituição –, a Caixa teve um desempenho menor. Naquele período, o lucro registrado pela empresa foi de R$ 1,8 bilhão.

Recorde em crédito Imobiliário

No terceiro trimestre, a Caixa registrou a maior contratação de crédito imobiliário da série histórica, de R$ 48,2 bilhões. Desse montante, o banco informa que o destaque permanece sendo o crédito imobiliário com recursos da poupança (SBPE), mantendo a liderança das contratações da modalidade no período, totalizando R$ 28,9 bilhões.

A instituição possui 65,7% do market share (fatia da empresa no mercado total) de crédito imobiliário e, entre julho e setembro, o saldo de sua carteira habitacional também bateu recorde, chegando a R$ 618,6 bilhões, uma alta anual de 12,8%.

Bradesco

O Bradesco divulgou ontem,8 os resultado do terceiro trimestre.  O banco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,2 bilhões entre julho e setembro, cifra 22,8% menor que a registrada no mesmo período do ano passado e muito aquém das projeções do mercado.

De acordo com o Bradesco, os principais fatores que explicam o resultado são o desempenho da margem financeira com mercado, que foi negativamente afetada pela taxa básica de juros (Selic), além do aumento das provisões para devedores duvidosos (PDD) por conta da alta da inadimplência.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) também teve uma queda significativa de 5,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2021, passando de 18,6% para 13%.

Inadimplência em alta

Dentre as pessoas físicas, a inadimplência chegou a 5,1%, com destaque nas linhas de crédito massificado, segundo o Bradesco. Já nas pessoas jurídicas, quem puxa o índice para cima são as micro, pequenas e médias empresas, que chegaram a 4,5%. Nas grandes empresas, o índice ficou estável em 0,1

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Redação DMI

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